quinta-feira, 1 de março de 2012

O CARNAVAL E O MARTAGÃO GESTEIRA...

... INTERPRETADOS PELA PREFEITURA DE SALVADOR


Samuel Celestino

01/03/2012 - 09:08
O diretor-técnico do Hospital Martagão Gesteira, Carlos Emanuel Melo, fala com exclusividade ao Bahia Notícias sobre a atual situação financeira da instituição, os problemas gerados pelos atrasos no repasse de recursos e a conturbada relação com a Secretaria Municipal de Saúde e o secretário Gilberto José. “Na prática, continua a mesma coisa, os contratos não mudaram, o subfinanciamento continua, mas hoje o diálogo existe e eles manifestam as limitações deles”, diz. Apesar de ter conseguido equilibrar as finanças da unidade de saúde em três meses de gestão, o diretor não afastou o risco de o hospital quebrar, caso a dívida não seja refinanciada. “Em 2009, se o Martagão Gesteira fechasse, provavelmente não se derramaria uma lágrima porque ele não tinha representação nenhuma no sistema público de saúde [...] Mas, se hoje o hospital fechar, o impacto será muito grande”, avalia. Melo comentou ainda sobre as metas arrojadas do projeto 600 Corações, lançado recentemente pelo hospital com o objetivo de zerar a fila de cirurgias cardíacas em crianças no estado, e as expectativas em relação ao próximo secretário municipal de Saúde. “Espero que ele tenha um planejamento financeiro mais organizado porque as instituições filantrópicas não suportam atrasos no repasse de recursos”, avisa.
Prefeitura investe R$ 30 milhões no Carnaval mas se atrapalha ao fazer balanço
Os principais gestores de Salvador não se entenderam ao tentar explicar as finanças do Carnaval, segundo reportagem do jornal A Tarde desta quinta-feira (23). Em entrevista coletiva na quarta, o vice-prefeito Edvaldo Brito (PTB) disse, amparado em um estudo feito em 2009, que a festa trouxe um prejuízo parcial de R$ 8 milhões. Os dados do levantamento, já desatualizado, trabalham com uma despesa de R$ 30 milhões e uma receita de R$ 22 milhões, que não inclui ganhos oriundos da arrecadação do Imposto Sobre Serviço (ISS) cobrado de bares, restaurantes, hotéis, blocos e camarotes. O prefeito João Henrique, por sua vez, defende que o prejuízo é maior do que isso. A reportagem destaca uma matéria publicada no site oficial do Carnaval. “O prefeito reconheceu que o valor ainda é muito pouco, face à despesa com a realização da festa, três vezes maior que o valor da atual arrecadação”, diz trecho do texto. Já o presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinoco, assegura que a festa é “autossustentável”, com base no Relatório Diagnóstico Mercadológico Carnaval 2009, feito a pedido do próprio gestor pela empresa de consultoria Mídia e Planejamento Comunicação. Segundo o estudo, apenas a partir de 2010 o Carnaval de Salvador deixou de causar prejuízo para os cofres públicos municipais.

Isso e muito mais no Bahia Notícias de Samuel Celestino

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