terça-feira, 31 de julho de 2012

QUALIDADE DE VIDA EM SALVADOR

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE DEFESA DO CONSUMIDOR
divulga pesquisa
sobre a Qualidade de Vida nas Cidades




SÃO QUASE QUARENTA!

SÓ FALTA O ALI BABA!

Roberto Jefferson, deputado cassado do PTB-RJ, atualmente é presidente da legenda. Foi quem denunciou o esquema do mensalão. Teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B e ainda recebido R$ 4.545.000,00 para votar a favor de matérias do interesse do governo federal, segundo o STF. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: teve seu mandato de deputado federal cassado

 José Genoino, deputado federal do PT-SP e ex-presidente do partido. Seria o responsável por formular propostas de acordos aos líderes dos partidos que comporiam a base aliada do governo e por negociar o valor a ser pago se as propostas fossem aceitas; teria representado José Dirceu perante os parlamentares. Acusação: formação de quadrilha e corrupção ativa. O que aconteceu: renunciou à presidência do PT em 2005. No ano seguinte foi eleito deputado federal. Tornou-se assessor no Ministério da Defesa

Eduardo Mendonça (Duda Mendonça), publicitário. Teria criado empresa com registros no exterior para evitar a obrigatoriedade de declarar ao Banco Central qualquer depósito de sua titularidade (fonte: STF). Nesta conta, teria recebido cerca de R$ 10 milhões do PT pela campanha que elegeu Lula presidente em 2002. Acusação: lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: continua trabalhando com marketing político. Atuou, entre outros, na campanha que elegeu Marta Suplicy (PT-SP) ao Senado Federal  Informações sobre o álbums.

José Luiz Alves, ex-secretário do ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto. Teria recebido dinheiro em espécie oriundo de recursos desviados de contratos publicitários para pagamento de dívidas de diretórios regionais do PT e de outros partidos aliados. Teria intermediado o pagamento de R$ 950 mil de Marcos Valério para Adauto, segundo o STF e a Procuradoria. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: é presidente do Codau (Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba-MG).

Carlos Alberto Rodrigues, conhecido como Bispo Rodrigues, ex-deputado do PR-RJ. Teria recebido R$ 150 mil para votar com o governo federal. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: renunciou ao mandato para escapar da cassação e deixou de ser bispo. Em 2009, voltou a trabalhar na Igreja Universal, onde dirige a Rádio Nova AM.

José Rodrigues Borba, ex-deputado do PMDB-PR. Teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B e recebido R$ 200 mil para votar a favor de matérias do interesse do governo. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: se elegeu prefeito de Jandaia do Sul, no interior do Paraná, em 2008.

Paulo Roberto Galvão da Rocha, ex-deputado federal (PT-PA). Teria recebido R$ 820 mil de Marcos Valério pelo esquema. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: renunciou ao cargo de deputado em 2005, candidatou-se e foi eleito novamente deputado federal em 2006. Nas eleições de 2010, teve a candidatura ao Senado cassada devido à renúncia.

Anita Leocádia, ex-assessora de Paulo Rocha. Atuaria como intermediária do ex-deputado no pagamento de propina. Em determinada ocasião teria recebido R$ 200 mil em espécie do próprio Marcos Valério. O total de recursos que teria recebido no esquema pode ter chegado a R$ 600 mil. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: seu advogado não informou qual é a atividade atual da ré.

Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. À época do mensalão, era deputado pelo PL (atual PR). Admitiu ter feito caixa dois nas 11 eleições que disputou. Teria recebido R$ 410 mil para saldar dívidas de campanha e R$ 950 mil de Marcos Valério, segundo o STF. Acusação: corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: se elegeu prefeito de Uberaba (MG) pelo PMDB em 2008, cujo mandato termina em 2012.

Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil e membro do PT. Teria recebido R$ 326 mil para desviar recursos após renovação de contrato publicitário com a DNA Propaganda, além de ter antecipado para a empresa R$ 73,8 milhões e, junto a outros sócios, desviado dinheiro público no montante de R$ 2,9 milhões, segundo o STF. Acusação: peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: desligou-se da instituição e antecipou sua aposentadoria após as denúncias.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP na Câmara. Teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B. Seria o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: seu advogado preferiu não informar o paradeiro de Genu.

João Magno de Moura, ex-deputado do PT-MG. Teria recebido R$ 360 mil do esquema por meio de dois intermediários. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: foi absolvido na Câmara, que votou contra a cassação de seu mandato. Não continua na vida pública. 

João Paulo Cunha, deputado federal (PT-SP). Teria recebido R$ 50 mil da empresa SMP&B para que esta prestasse serviços à Câmara dos Deputados. É acusado de ter desviado R$ 252 mil, que pertenciam à Câmara, para forjar a contratação de assessor pessoal que não teria executado nenhum serviço. Teria desviado ainda cerca de R$ 536 mil para o grupo de Marcos Valério. Acusação: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. O que aconteceu: foi absolvido pelo plenário da Câmara em 2005 e foi reeleito em 2006 e 2010. Foi indicado pelo PT para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Atualmente integra o diretório nacional do partido e é candidato à Prefeitura de Osasco (SP).

Enivaldo Quadrado, doleiro e ex-sócio da corretora Bônus-Banval. Teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o PP, um dos partidos que teria recebido dinheiro do esquema. Acusação: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: foi preso em 2008 ao ser flagrado com R$ 1,2 milhão escondido na cueca, na meia e na bagagem, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Responde em liberdade.

Pedro Henry, deputado federal (PP-MT). Teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: reelegeu-se deputado federal em 2011, também pelo PP-MT.

Pedro Corrêa, ex-deputado federal (PP-PE). Teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: teve o mandato cassado em 2006 como presidente do PP e atualmente não exerce nenhuma função no partido. É médico e atua como pecuarista.

Luiz Carlos da Silva, o professor Luizinho, ex-deputado federal (PT-SP). Teria usado um assessor para receber R$ 20 mil no Banco Rural, cuja entrega teria sido autorizada por Delúbio Soares, segundo o STF. Acusação: lavagem de dinheiro. O que aconteceu: tentou se eleger senador em 2008, mas abandonou a vida pública. Abriu uma empresa de reflorestamento.

 Zilmar Fernandes Silveira, sócia de Duda Mendonça. Teria recebido três parcelas de R$ 300 mil e duas de R$ 250 mil, em espécie, em agências do Banco Rural por meio do resgate de cheques nominais à empresa SMP&B Comunicação, sem registro dos reais beneficiários dos valores. Seria ainda responsável por movimentar uma conta criada pelo publicitário com registro no exterior. Acusação: evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: continua atuando como sócia de Duda Mendonça na área publicitária.

Rogério Tolentino, advogado e ex-sócio de Marcos Valério. Acusado de retirar valores de empréstimos simulados, entre eles um de R$ 410 mil. Seria um dos responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Acusação: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: foi o primeiro a ser punido entre os acusados de outro mensalão, o do PSDB mineiro, ainda em 2010. Foi condenado a sete anos de prisão e ao pagamento de 3.780 salários mínimos.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT durante a campanha presidencial de 2002 e no início do governo Lula. Segundo a Procuradoria, negociou com Marcos Valério a montagem do esquema e orientou a distribuição dos recursos ilegais. Acusação: formação de quadrilha e corrupção ativa. O que aconteceu: foi expulso do PT durante o escândalo, mas foi reintegrado em 2011; foi condenado por improbidade administrativa pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça)

Carlos Alberto Quaglia, doleiro e ex-dono da empresa Natimar. Teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o Partido Progressista. Acusação: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: fechou a empresa logo após a denúncia. Seu paradeiro não foi informado pelo advogado.

Romeu Queiroz, ex-deputado federal (PTB-MG). Teria viabilizado pagamento de R$ 4,5 milhões para Roberto Jefferson votar a favor de matérias do interesse do governo. Teria recebido, em proveito próprio, quantia de R$ 102 mil. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: em 2010 se elegeu deputado estadual por Minas Gerais pelo PSB.

Simone Vasconcelos, ex-gerente da empresa SMP&B. Teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria uma das responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Acusação: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: a administradora de empresas estaria trabalhando em outro ramo; o advogado que a defende, porém, não informa o segmento nem a empresa na qual ela atua.

Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural. Teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido uma das responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada pelo publicitário Duda Mendonça. Junto a outros três réus, é acusada de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. O que aconteceu: deixou o cargo e permanece como acionista da instituição.

Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (hoje PR). Teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B. Junto com os réus Valdemar Costa Neto e Antônio Lamas, que foi absolvido do processo, teria recebido cerca de R$ 11 milhões de propina. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: o UOL entrou em contato, mas não conseguiu falar com o advogado de Lamas.

Breno Fischberg, ex-doleiro, sócio da corretora Bônus-Banval. Teria sido um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para o Partido Progressista, segundo o STF. Acusação: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: o advogado não informou qual a atual atividade do empresário.

Emerson Eloy Palmieri, ex-tesoureiro do PTB. Teria viabilizado, junto com outro réu, pagamento de R$ 4,5 milhões para Roberto Jefferson votar a favor de matérias do interesse do governo. Também teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B. Acusação: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: a ocupação atual de Palmieiri não foi informada.

Ayanna Tenório Tôrres de Jesus, ex-diretora do Banco Rural. Teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Junto a outros três réus, é acusada de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. O que aconteceu: deixou a instituição e trabalha como autônoma prestando consultoria em recursos humanos, planejamento estratégico e administrativo.

José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural. Teria usado o cargo para conceder empréstimos sem as garantias exigidas. Teria sido um dos responsáveis por ordenar depósitos em conta no exterior criada pelo publicitário Duda Mendonça. Junto a outros três réus, é acusado de ter disponibilizado ao esquema do mensalão a quantia de R$ 32 milhões. Acusação: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. O que aconteceu: é consultor de empresas

Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério. Acusado de participar da negociação dos empréstimos e dos contratos de Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados. Acusação: formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: em 2012, ao lado de Valério, foi condenado pela Justiça Federal de MG a nove anos de prisão pelos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documento público; o processo envolvia irregularidades cometidas na empresa SMP&B. Hoje é dono de uma empresa de consultoria em Belo Horizonte.

Geiza Dias dos Santos, ex-funcionária da SMP&B. Teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria uma das responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Acusação: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: o UOL entrou em contato, mas não conseguiu falar com o advogado de Geiza.

Cristiano de Mello Paz, ex-sócio de Marcos Valério. Teria enviado de forma ilícita dinheiro para a conta bancária criada no exterior pelo publicitário Duda Mendonça. Seria um dos responsáveis por fazer pagamentos aos parlamentares. Junto a outros sócios, teria desviado dinheiro público no montante de R$ 2,9 milhões. Acusação: formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O que aconteceu: em 2012, foi condenado a mais de nove anos de prisão pelos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documento público. O advogado não respondeu se Cristiano cumpriu toda a pena em regime aberto ou fechado e qual a sua situação atual

Antônio de Pádua de Souza Lamas, ex-assessor da liderança do PL (hoje PR) na Câmara. Acusado de sacar R$ 350 mil do esquema para o irmão, Jacinto Lamas, ex-tesoureiro da mesma legenda, foi absolvido do processo pela Procuradoria-Geral por falta de provas, mas ele ainda pode ser condenado pelo STF. É acusado de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro . 

Silvio Pereira e José Janene foram incluídos entre os 40 réus da denúncia inicial do procurador-geral da República ao STF, mas não estarão no julgamento. Silvio José Pereira fez acordo com o Ministério Público e foi condenado a prestar serviços comunitários. O deputado federal José Janene (PP-SP), que era acusado de ter recebido R$ 4,1 milhões em nome do PP para votar em projetos do governo federal, morreu em 14 de setembro de 2010.

Luiz Gushiken, secretário de Comunicação do governo Lula em 2005. Acusado de crime de peculato. A Procuradoria pediu sua absolvição por falta de provas de envolvimento no esquema, mas ele ainda pode ser condenado pelo STF. O que aconteceu: afastou-se da política para trabalhar como consultor de empresas em São Paulo.

Valdemar
Costa Neto, deputado federal (PR-SP). Teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Junto aos réus Jacinto Lamas e Antônio Lamas recebeu cerca de R$ 11 milhões de propina, segundo a Procuradoria. Acusação: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O que aconteceu: em 2005 renunciou ao cargo de deputado federal para evitar a cassação, mas posteriormente voltou a se eleger ao cargo pelo PR-SP.

domingo, 29 de julho de 2012

JOSÉ DIRCEU E O MENSALÃO

Mensalão – Dirceu pensou até em fugir; hoje, trabalha com três cenários: tomar conta do PT (pobre Dilma!); virar mártir e ficar ainda mais rico


A edição de VEJA desta semana traz na capa o julgamento do mensalão.

A partir das 2 da tarde desta quinta-feira, o ex-ministro da Casa Civil de Lula mais 37 acusados de participar do mensalão, o esquema de desvio de dinheiro público para lavar sobras de caixa de campanha e, de quebra, comprar apoio no Congresso, começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Dirceu é o personagem central do processo. Ao seu destino, estão amarrados a sorte dos demais mensaleiros, o futuro do PT e a imagem com que o governo Lula entrará para a história. O veredicto sobre o homem apontado pelo Ministério Público como o “chefe da quadrilha” do mensalão fechará uma triste página da história do Brasil.

Dirceu traçou três possíveis cenários alternativos para o futuro. Absolvido, vai entrar no Congresso com um pedido de anistia para retomar a vida política. Quer recuperar o comando do PT e voltar a disputar eleições. Não lhe agrada a possibilidade de se candidatar a deputado, mas ele sabe que sua enorme rejeição o impediria de vencer eleições majoritárias em São Paulo, onde construiu sua carreira política — mas onde, por medo de vaias, só vai a restaurantes “vazios e decadentes”. Tem muito de autocomiseração nisso. Dirceu é sempre visto em restaurantes paulistanos cinco-estrelas. Por exemplo, em um tradicionalíssimo português dos Jardins.

Recentemente, ouviu de Lula a sugestão de transferir seu domicílio eleitoral para o Distrito Federal e disputar por lá o cargo de governador ou senador. Gostou muito. Governador do Distrito Federal dá mais relevância do que deputado federal por São Paulo.
O plano B leva em conta o que é, para ele, o pior cenário: a condenação com pena alta — e cadeia. Nesse caso, Dirceu já definiu o seu projeto: vai virar mártir. Desmontará sua consultoria e voltará para os braços do PT mais radical. Cogita até mesmo denunciar o estado brasileiro a cortes internacionais de direitos humanos. O pavor da prisão fez com que, há dois meses, ele chegasse a pensar em fugir do Brasil. “Para quem já viveu o que eu vivi, sair daqui clandestino de novo não custa nada”, disse, em um jantar na casa do advogado Ernesto Tzirulnik, em São Paulo, na presença de uma dezena de convidados, entre eles o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A alternativa que seus auxiliares consideram mais provável, porém, é a condenação a uma pena branda ou que já prescreveu, o que o livraria de ir para um presídio. Nesse caso, entraria em cena o plano C, que consiste em “ganhar muito dinheiro”. “O Zé vai compensar nos negócios a frustração pelo fim da carreira política”, diz um interlocutor.
(…)
De tudo o que se diz sobre José Dirceu, nada é tão incontestável quanto um traço de seu caráter. Dirceu tem nervos de aço. A decantada frieza do “chefe da quadrilha” é real. Dirceu se fortalece e foca melhor a mente em momentos de crise. Um hesitante não conseguiria suportar a desconfiança dos próprios camaradas exilados em Havana — para onde foram, com escala no México, depois de ser soltos da prisão em troca da vida do sequestrado embaixador americano Charles Elbrick. Na volta ao Brasil, 25 dos 28 integrantes ex-exilados do grupo do Movimento de Libertação Popular (Molipo), organização terrorista a que Dirceu pertencia, foram mortos ou presos. Dirceu escapou. Sua sorte levantou mais suspeitas. Dessa vez, muita gente de esquerda jurava que Dirceu era mesmo agente da ditadura brasileira. Nada disso foi provado. Mas o sangue frio lhe permitiu viver por quatro anos na pele do fictício investidor em gado Carlos Henrique Gouveia, personagem que encarnou, no interior do Paraná, até 1979.


(…)
Hoje, José Dirceu de Oliveira e Silva é um homem rico. E frustrado. Sabe que, condenado ou absolvido no julgamento do mensalão, está fadado a enterrar o seu grande sonho, o de um dia presidir o Brasil.
(…)


Voltei
Leiam a íntegra na edição da revista. É isso aí. Hoje, José Dirceu é um homem rico… Parece piada! Nem teve tempo de enriquecer nos menos de dois anos em que ficou no governo. Conseguiu essa façanha fora dele, já cassado e réu do mensalão. É “consultor”. Consultor de quê? Ora, de empresas que têm, digamos assim, interesses no estado brasileiro e no governo. Um portento! Enquanto amargava a punição, enriquecia! Um gênio do capitalismo!


Post originalmente publicado às 22h32 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo

O TRECHO MAIS COMOVENTE...



... DA ÚLTIMA ENTREVISTA DE
 CASTRO ALVES

O Senhor está começando a ser chamado “O poeta dos escravos”. Como se sente? 
Eu me orgulho do epíteto. Estou, inclusive, na fase final de negociações para a impressão de meu livro Os escravos, que até o final do ano será publicado. A escravidão é uma das mazelas, talvez a mais horrenda, que devemos combater em prol da liberdade. É certo que, desde 1850, instituíram-se pesadas penas para o tráfico negreiro, já abolido pela legislatura de 31, mas ainda vigente. Há dois anos foi proibida a venda de seres humanos em pregão público e até o fim deste ano - não sei se o Senhor sabe - será votada a Lei do Ventre Livre. Mas é pouco. Muito pouco.
Sempre fui devotado às causas sociais. Fundei, com Rui Barbosa - meu antigo colega do Ginásio Baiano - e outros alunos da Faculdade de Direito, a Sociedade Abolicionista do Recife. Esse pendor abolicionista vem do berço. Lembro de papai a reclamar, sempre, do tratamento cruel que era dado ao negro. O amor que eu tive e tenho pela minha bá, que já se foi, a negra Leopoldina, minha ama de leite, minha segunda mãe, a me contar as histórias de senzalas, mucamas e amores proibidos... O meu tio, o alferes João José, herói da Guerra do Paraguai, brincando comigo de cavalinho, montado em seus joelhos, dizendo-me: “A liberdade, filho, é o maior bem do mundo”. Ah! Como essas coisas ainda me comovem...
Ser chamado de “poeta dos escravos” é uma honra. Acho, porém, que não diz tudo; sempre quis ser “O poeta da Liberdade”. E para mim, Abolição e República são palavras quase irmãs: uma puxa a outra, naturalmente. Tanto que, em paralelo à minha luta pela libertação dos escravos, participei também de alguns comícios republicanos. Lembro-me bem de um deles, dissolvido pela polícia, quando criei de improviso os versos de “O povo ao poder” (nesse momento o poeta abre um sorriso e levanta-se, com esforço, da cadeira de balanço austríaca). A segunda estrofe desse poema começa com dois versos que agitaram a multidão, aos gritos e assobios (o poeta de pé, com a voz já rouca e entrecortada por um pigarro renitente):
A praça! A praça é do povo
Como o céu é do condor
É o antro onde a liberdade
Cria águias em seu calor.
Senhor!... pois quereis a praça?
Desgraçada a populaça
Só tem a rua de seu...
(um acesso de tosse interrompe a fala; ele se senta novamente, e com dificuldade termina a estrofe)
Ninguém vos rouba os castelos
Tendes palácios tão belos...
Deixai a terra ao Anteu.


ACABO DE RECEBER E-MAIL DE CONSUELO PONDÉ DE SENA, PRESIDENTE DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA SOBRE A SUPOSTA MULATICE DO POETA DOS ESCRAVOS:

"Embora ainda adoentada , sem muita disposição para sentar ao computador e manter longas conversas , quero agradecer-lhe o texto sobre Castro Alves , de excelente qualidade , salvo que no que se refere à, suposta ,  mulatice do poeta . Não sei quem começou a veicular essa informaçãoequivocada , que vem sendo espalhada por uns e por outros.
Como o IGHB mantém , como relíquia , uma mecha do cabelo  de Cecèu , retirado da sua linda cabeça , logo após ter expirado, por sua irmã Adelaide ( Sinhá) , posso sustentar que a informação contida no seu texto não procede.
Ele era neto materno , sim, de Ana Viegas ( cigana) , conforme Anfrisía santiago recolheu nos livros de batismo da Igreja de Santo Antõnio Além do Carmo.
 Sua mãe , D Clélia Brasília , ( do poeta ) era filha do Major Silva Castro ( O Periquitão ) com essa senhora ( era filha bastarda) .
 De Castro Alves entendo , porque meu nome foi dado por conta do seu lindo poema Consuelo e , desde menina,por influência de meu pai e de minha Mestra Anfrísia Santiago , estudo a sua ( dele) vida .
Desculpe ter-me intrometido , mas esta é a versão real . Meu pai conheceu e visitou , várias vezes , D.Addelaide , viúva do grande jornalista Augusto Álvares Guimarães , o maior amigo de Castro Alves.
Grande abraço de Consuelo."


 

A ÚLTIMA TELEANÁLISE

Pois é, queridos leitores da coluna via mailing e/ou via jornal,

Como é do conhecimento de vocês (os que moram em Salvador), o jornal A Tarde vem há algum tempo enfrentando uma crise que só tem se aprofundado. As demissões têm sido sucessivas e fala-se que somente em julho teriam sido cerca de 80, umas 20 na redação e as demais em todos os setores. Vem há muito diminuindo páginas, perdendo cadernos, enfim, cortes de todos os tipo. Esta semana fui comunicada que a coluna deixará de ser publicada a partir de agosto. Como amanhã, domingo/29 é o último domingo de julho, despeço-me de vocês no que se à publicação do texto neste espaço. Como cantava Xuxa antes de a sabermos abusada, foi bom estar com você... Daí o título, proposital, da coluna: Hasta la vista, Baby...


 
TELEANÁLISE


 Malu Fontes


Batman e o vizinho: hasta la vista, Baby  
Durante a semana, notícias tendo como elemento central a banalização da morte nortearam as principais manchetes dos telejornais internacionais, nacionais e locais. Sim, esses fenômenos são uma constante no jornalismo, mas aqui e acolá episódios nos quais essa banalidade se manifesta os hierarquizam de tal modo numa ordem de horror e non sense que ainda surpreendem. Partindo do global para o local, nos Estados Unidos, no estado do Colorado, na cidadezinha de Aurora, uma plateia de batmaníacos esfregava as mãos de ansiedade para uma sessão de estreia do filme à meia noite, quando, no escuro, irrompeu o imponderável. Uma saraivada de tiros. 12 mortos, 58 feridos e um país de novo boquiaberto.

MARKETING - Num país, os EUA, onde todas as naturezas de ações de marketing são possíveis, numa cultura local do culto às armas de fogo na qual qualquer moleque consegue comprar um arsenal de guerra sem qualquer dificuldade e numa sucessão de casos em que adolescentes ou adultos jovens perturbados já inscreveram uma longa história de violência, primeiro achou-se que os tiros não passavam uma ação de marketing associada à estreia. Depois, houve uma correria às lojas de armas da cidade para comprar mais e mais exemplares delas e, simultaneamente, a imprensa do mundo repetiu a pergunta que faz sempre e para a qual nunca se tem resposta objetiva e diante da qual todas as especulações malucas disputam um lugar entre as possibilidades de explicação: por que esse fenômeno se repete tanto nos Estados Unidos e como evitá-lo, já que a população não abre mão do seu culto quase passional às armas e à liberdade de comprá-las sem restrições?

RATO - No Brasil, a Polícia Militar de São Paulo chocou o país ao executar (pelo menos) dois inocentes: um publicitário que não parou o carro à noite quando ordenado a fazer isso e um jovem que fugiu com medo porque a carteira de habilitação estava vencida. Além disso, matadores que não se sabe quem vêm barbarizando na cidade nas últimas semanas, executando e chacinando sem que se saiba de quaisquer razões e desfechos para tais crimes. Num outro episódio noticiado na imprensa internacional, um jovem italiano que chegou à mesma São Paulo em um dia, para morar e trabalhar, foi assassinado no dia seguinte, numa tentativa de assalto frustrada no trânsito, em uma das avenidas mais movimentadas da cidade. Veio para o Brasil e morreu como um rato perseguido por exterminadores dispostos a explodir o primeiro cérebro que encontram pela frente troca de um relógio ou um celular.

FASCÍNIO - Sim, o mundo, Brasil incluído, choca-se com jovens como o estudante de medicina James Holmes, o auto-intitulado Coringa da sessão noturna de Aurora, mas pouco se esforça para lembrar que a natureza da banalização da violência pode até ser de ordem diferente, mas a nossa é tão banal e brutal quanto. Quando contados os cadáveres de um em um, aqui mata-se/morre-se muito mais que lá. A Polícia Militar de São Paulo, por exemplo, mata mais que toda a Polícia dos Estados Unidos (e nos Estados Unidos). Por que o espanto com a matança dos outros é maior do que com a nossa, a doméstica incluída? Por que a matança de lá é a de um homem só, que, em surto assassino, revolve interromper a vida de dezenas? Aqui, de um em um, os matadores matam muito mais, enquanto o brasileiro olha horrorizado para a violência americana coletiva desses episódios, talvez porque encontre neles um quê de fascínio hollywoodiano. Violência é violência, assassinato é assassinato e cada país tem a sua forma banal de matar seus cidadãos. O que faz de James Holmes um sujeito mais assustador que um assassino anônimo que explode a cabeça de um motorista numa rua de São Paulo, querendo apenas levar um objetinho para casa? Lá é loucura e aqui é pobreza e desigualdade? Esses fenômenos não justificam a banalização da morte do outro. Nem lá, nem aqui.

VIZINHO - No terreiro local, uma quadrilha inicialmente descrita como formada por quatro jovens de classe média e um deles considerado rico em qualquer sociedade, divertiam-se roubando mansões num condomínio de luxo nos arredores de Salvador, onde cada uma das cerca de 400 mansões custam entre um e 10 milhões. Entravam no espaço privilegiado e supostamente protegido por grades, câmeras e seguranças graças ao apoio logístico de um dos integrantes da quadrilha, morador do oásis desde criancinha. A razão dos assaltos, que incluíam seqüestros relâmpagos e torturas psicológicas nas 10 famílias de moradores vitimadas desde 2011, era banal: gastar o dinheiro com noitadas. Segundo o delegado, os rapazes pagavam contas de até 15 mil numa única balada. Os rapazes negam os cálculos. Dizem que eram só cinco mil por noite, em média.

Lá e cá, portanto, o que há em comum na violência cometida é a gratuidade da ação, do comportamento de quem mata, tortura, violenta, persegue e achaca, Polícia Militar incluída. No caso dos condomínios horizontais de luxo, não deixa de ser curioso que 10 em cada 10 pesquisas feitas por pesquisadores do campo das ciências sociais apontam para um detalhe que deveria intrigar quem investe milhões nessas mansões em nome do sonho de viver feliz sob dois guarda-chuvas: a segurança e a liberdade. Um estudo recente feito por uma pesquisadora da Universidade de Brasília mostra por A mais B que praticamente a totalidade de atos delituosos, conflituosos e de insegurança registrados em condomínios tem como autoria os próprios moradores. A leitura dessas pesquisas deixaria boquiaberto quem sonha com os gramados, as crianças brincando com portas abertas e a confiança plena nos vizinhos nos condomínios de classe alta.

HASTA LA VISTA - A banalização do mal se concretiza quando se come uma pipoca no cinema e um sujeito arranca-lhe da poltrona para lhe matar; quando seu vizinho de porta do condomínio chama os amigos para lhe seqüestrar apenas em nome do desejo de sair para entornar 10 mil em uísque, como repetiram os telejornais de Salvador durante a semana. É como se esses sujeitos vissem nisso tudo uma brincadeira, como se quase piscassem o olho após cruzar a fronteira do intolerável e dissessem às suas vítimas, como vingadores ocos de um futuro bestial: ‘hasta la vista, baby’. E a referência aqui não é o disco homônimo do U2, mas puro Schwarzenegger.

Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Facom-UFBA. Texto publicado originalmente em 29 de julho de 2012, no jornal A Tarde, Caderno 2, p. 05, Salvador/BA; maluzes@gmail.com






sábado, 28 de julho de 2012

TÁ TUDO EXPLICADO!

NÃO LHE LEMBRA NADA?

O CIRURGIÃO NEGRO

ESTE DOCUMENTO DISPENSA
 QUALQUER COMENTÁRIO...

Dr. Hamilton Naki, o cirurgião clandestino

SOBRE FARÓLEO

De Campo do Brito para o mundo


Sua pele ostentava a clássica mistura nordestina de negro, branco e índio. Baixinho, franzinho, olhar inquieto e voz mansa, Josaphat Honorato de Santa Cecília escolhera o curioso apelido de Faróleo para assinar uma obra pictórica ímpar, muito além da precipitada definição de primitivo ou naïf, mais perto de um construtivismo figurativo, a la Djanira.

De origem humilde, alistou-se na Marinha aos 18 anos. Pegou pela primeira vez num pincel para pintar uma lata de lixo. Como estalou a paixão da arte após tão primário começo? Mistério. Deixando a farda, resolveu ficar no Rio de Janeiro. Ivan Serpa, respeitado pintor e gravador, também professor de grande sensibilidade, reconhecendo de imediato as possibilidades do jovem, convidou-o para estudar no seu atelier. Mas, apesar de freqüentar meios artísticos, Faróleo não deixava de sentir falta de seu Nordeste.

Veio a Salvador onde o encontrei em 1975 vendendo suas obras no Terreiro de Jesus. Lá acontecia uma espontânea feira das pulgas (ou da ladra, como o leitor quiser). Passeio favorito aos domingos, muitas coisas interessantes adquiri naquele belo largo. Desde antigos azulejos até trabalhos populares de forte expressividade. A feira seria rapidamente proibida pela prefeitura.
Nos seus quadros de composição rigorosa – com ocasional tendência à simetria - economia de anedota, controle absoluto da cor, pincelada cuidadosa, limpa, Faróleo falava de seu povoado natal, sua infância, as lavouras, o gado, a cana de açúcar, a estiagem e a fartura após a chuva.

Obra singela, de densa força espiritual, fora dos caminhos por outros traçados. De minha Galeria da Sereia, muitos foram os admiradores que levaram suas obras para Paris, Nova-Iorque, Zurich, Saint-Tropez ou Moscou.

Nosso amistoso relacionamento profissional durou doze anos.
Morreu de câncer, solitário, numa estreita cama de hospital em Aracaju, dias depois de visitá-lo. Ainda possuo mais de quarenta telas, várias de grande tamanho, na esperança de fazer uma exposição que tire tão significativo artista sergipano de injusto esquecimento.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

FINALMENTE UM CANDIDATO SINCERO!

VOCÊ CONHECE O PARTIDO DA SINCERIDADE?
VOTE NO CARA!
ELE MERECE!

PARA OS FANÁTICOS DE CARROS E MOTOS...

ESTE MAGNÍFICO MUSEU BRASILEIRO!



O SALÁRIO DA PRIMEIRA DAMA


AMAP – SERRAVALLE
Associação de Mães e Pais de Alunas e Alunos do
Colégio Estadual Raphael Serravalle

Excelentíssimo Senhor Governador do Estado da Bahia



A Associação de Mães e Pais de Alunas e Alunos do Colégio Estadual Rafhael Serravalle – AMAP/Serravalle, CNPJ 11173043/0001-95, entidade representativa legalmente constituída com endereço à Rua Arthur de Azevedo Machado, 1252, Ed, Yasmin, sala 301 – Costa Azul - CEP 41770-790, nesta Capital, por meio de seu presidente, vem requerer, na forma do artigo 10 da lei nº 12.527/2011, que sejam fornecidas as informações a seguir especificadas.

1)                     Se a sua Senhora esposa, primeira dama do Estado, é a mesma MARIA DE FÁTIMA CARNEIRO DE MENDONÇA que consta na RELAÇÃO DE SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA, percebendo um salário R$ 14.632,88 (catorze mil, seiscentos e trinta e dois reais e oitenta e oito centavos);
2)                     Em caso afirmativo, informar se na função de Assessora de Supervisão Geral da Coordenação da Assistência Médica – Salvador, a mesma frequenta o trabalho em obediência ao horário definido para todos os servidores daquele egrégio Tribunal ou goza de privilégios para conciliar, também, o comando das Voluntárias Sociais da Bahia, desde janeiro de 2007;
3)                     Informar, também, há quanto tempo a Primeira Dama, exerce a referida função no Tribunal, se antes ou após a posse de V. Exa. no Governo do Estado da Bahia;
4)                     Informar ainda como uma enfermeira servidora do Estado conseguiu tantos méritos para receber um rico salário de R$ 190.227,44 (cento e noventa mil, duzentos e vinte e sete reais e quarenta e quatro centavos), ao ano, cerca de 900% (novecentos por cento) a mais do que ganha anualmente um professor ou, o equivalente a 305 salário mínimos.
5)                     Por fim, gostaríamos de obter um posicionamento de Vossa Excelência, se acha justo e merecido o rico salário de Dona Fátima Mendonça – caso seja ela mesma a servidora que consta na publicação do Diário Oficial do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia –, em detrimento dos humilhantes salários pagos pelo seu governo aos sofridos servidores.



Salvador, 25 de julho de 2012


Antonio Daltro Moura
Presidente da AMAP
CNPJ 11173043/0001-95

PERIGO NO AEROPORTO DE SALVADOR!

O equipamento é o
mais importante nas
operações de voo

Quem chega ao Aeroporto Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães jamais poderá sonhar que a segurança na descida e subida dos aviões, como o próprio deslocamento nas pistas e nos pátios depende de uma simples ordem dada por quem deveria ter total visibilidade de toda a área operacional.

Para isto, como ocorre em qualquer aeroporto do mundo, existe uma Torre de Controle bem localizada, posicionada em local alto e seguro, operada por funcionários capazes e bem treinados, donos de um inglês perfeito e completo conhecimento e domínio das normas aéreas e de segurança internacionais.

Na maior reforma que sofreu, o aeroporto ganhou uma Torre de Controle que, anos depois, se mostrou ineficiente por não ter altura suficiente, permitindo visão total do espaço de descida e subida das aeronaves, principalmente por causa do bambuzal localizado na entrada, que impede a visão da completa da pista 35/17, de 1.520m, utilizada opor aviões de menor porte.
Da mesma forma não dá condições de liberar operações simultâneas com a pista maior (3.005m), a 10/28.

Usando o jeitinho brasileiro e de maneira irresponsável, a Infraero transferiu o local de controle para cima de uma caixa d´água, um pouco mais alto, onde funciona dentro de um contêiner de madeira.

O local é bem visível porque mostra uma espécie de “caminho aéreo” por onde sobem os controladores de voos. Nota-se que o local é um arranjo para abrigar o cérebro do aeroporto que recebe anualmente mais de 6 milhões de vidas!

Aproveitando a onda de obras para a Copa do Mundo, a Infraero incluiu no pacote de obras a construção de uma nova Torre de Controle (pomposamente denominada Destacamento de Controle do Espaço Aéreo - DTCEA) junto à área industrial do sítio aeroportuário em um terreno de aproximadamente 2.600 m². Com 60 metros de altura, será a segunda maior do Brasil, contará com 2 elevadores laboratório de inglês, sala de reuniões e auditório para aproximadamente 100 pessoas.

A Ordem de Serviço no valor de R$ 14,6 milhões foi assinada no último dia 20 de junho e as obras deveriam começar imediatamente pela Construtora NM, vencedora da concorrência pública, com prazo para conclusão em dezembro de 2013. Inusitadamente, no dia 21, o secretário da Casa Civil
do Governo da Bahia, Rui Costa, telefonou para a Superintendência Regional-Leste da Infraero, determinando a suspensão das obras, alegando que o projeto impediria a implantação da 3ª pista.

Há poucos dias, Costa se reuniu em Brasília, com o ministro Wagner Bittencourt, na Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, para discutir a ampliação do aeroporto de Salvador e a viabilização de construir a nova pista, condenada não só pelos ambientalistas – invadiria boa parte das dunas de Itapoá - e até mesmo pelo senador petista Valter Pinheiro (site BAHIA NEGÓCIOS, dia 31.05 )

 “Senador Walter Pinheiro condena a construção da 2ª pista do Aeroporto de Salvador por levar um pedaço da APA do Abaeté”). Dizia ele que "A segunda pista em Salvador terá dificuldades, pois levará um pedaço de uma APA, aquelas bonitas dunas que quem desce em Salvador enxerga", defendendo a integridade ambiental das dunas do Flamengo e estimulando as obras de ampliação e o funcionamento do aeroporto de Feira de Santana.

Fez um apelo na tribuna do Senado à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e à Secretaria Nacional de Aviação Civil, para que autorizassem as obras de ampliação e o funcionamento do aeroporto de Feira de Santana, na Bahia.

OUTRAS INFORMAÇÕES NO BAHIA NOTICIAS


LA NIÑA DE LOS PEINES E FEDERICO GARCIA LORCA

Nascida em 1890 em uma família cigana de Sevilha, a capital da Andaluzia, Maria Pastora Pavón Cruz tornou-se a primeira grande estrela flamenco do século XX. Hoje ela é amplamente considerada como a maior cantora de flamenco. Apelidada de “La Niña De Los Peines” logo no início, ela começou a cantar ainda criança para ajudar no sustento da família. Seu poder de voz e timbre atraiu a atenção da comunidade cigana e, logo, o poeta Federico Garcia Lorca e o violonista Andrés Segovia estavam defendendo seu lado artístico.

EL DIA QUE ME QUIERAS

Apesar de evidenciar um cabotinismo irritante,
é evidente que o mexicano Luis Miguel
 é um dos melhores cantores románticos
 da América Latina.
Esta interpretação de um tango clássico de Carlos Gardel
  merece todos os apláusos.


PARIS VISTO DESDE A TORRE EIFFEL

UMA VISÃO ÚNICA DA CAPITAL FRANCESA QUE LHE DARÁ UMA BOA IDEIA
 DO PLANEJAMENTO CONCEBIDO PELO BARÃO HAUSSMANN,
 NO SÉCULO XIX. INFELIZMENTE ESTA BELÍSSIMA FOTOGRAFIA PANORÁMICA
 FOI TIRADA
EM UM DIA DE VISIBILIDADE RELATIVA.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A PARANOIA DA PEDOFILIA


UM DOS MEUS AMIGOS - HOJE FALECIDO - COSTUMAVA DIZER: "HOJE NÃO SE PODE PEGAR UMA CRIANÇA NO COLO SEM SER SUSPEITO DE PEDOFILIA" 

INCIDENTE EM VARSÓVIA

POR MARCOS AUGUSTO PESSOA RIBEIRO


     Vivi em Varsóvia uma situação que poderia ter graves conseqüências.
     Estava sentado num restaurante ao ar livre, na Praça do Mercado da Cidade Nova, bebendo cerveja, comendo e escrevendo.
     No centro da praça, o principal logradouro turístico da cidade, repleta de bares e restaurantes, onde os turistas se acotovelam, pontifica uma antiga fonte de ferro fundido.
     Como estava muito quente, quase 30ºC, a fonte jorrava água, que, ao demorar de escoar, acumulava-se ao seu redor, formando quase um laguinho.
     Crianças polonesas, pequenas, graciosas e lindas, começaram a brincar, correndo em torno da fonte, chapinhando na água fresca.
     A cena atraiu a atenção de muitas pessoas; inclusive a minha. Turistas paravam para fotografar. Um grupo de senhoras japonesas, muito maquiadas e de luvas brancas, ficou encantado.
     Da mesa do restaurante, comecei a fotografar a cena.   
     Para tentar conseguir melhores ângulos, levantei-me e me aproximei da fonte.
     Então, enquanto estava completamente entretido no processo, um alemão jovem, com cerca de 30 anos, que estava sentado numa mesa próxima à minha, no mesmo restaurante, acompanhado da mulher e dos pais idosos, aproximou-se e perguntou, em inglês:
     - Você pediu permissão para tirar essas fotos?
     Respondi que não.
     Ele começou a dizer que eu não tinha o direito de fazê-lo; que não poderia sair por aqui fotografando crianças seminuas, sem a permissão dos pais.
     Subitamente, dei-me conta de onde ele queria chegar.
     O pai se aproximou para apoiá-lo.
     Argumentei que apenas pretendia mostrar para meus amigos no Brasil como era o verão na Europa, a qual eles costumavam associar ao inverno e ao frio.
     - Mas você teria que pedir permissão. Não pode fazer isso - ele insistiu.
As pessoas começaram a nos olhar e, eu, a ficar nervoso, ao perceber o rumo que as coisas estavam tomando.
Ele ameaçou chamar a polícia se eu não lhe mostrasse as fotos.
Informou à mãe das crianças que eu havia tirado fotos dos filhos dela sem permissão.
Algumas pessoas se aproximaram de nós.
Ele ameaçou novamente chamar a polícia.
Fiquei mais nervoso; havia bebido três ou quatro cervejas; estava sozinho num país cuja língua não falava, cujas leis desconhecia; acusado publicamente de fazer algo proibido. 
Então, dirigi-me à mãe e repeti o argumento de mostrar aos meus amigos no Brasil como era o verão na Europa; acrescentei que achara a cena poética, encantadora, inocente.
Perguntei-lhe se era queria ver as fotos; estendi-lhe a câmera.
Ela respondeu que não queria ver; não estava interessada. Pegou os filhos pelas mãos e foi embora.
Voltei a sentar à mesa do restaurante e achei que o problema tivesse acabado.
 Mas, na mesa ao lado, o grupo de alemães continuava a falar sobre mim; o jovem disse: “Esses caras pensam que podem vir aqui e fazer o que quiserem”. O pai acrescentou: “Ele deve ser pedófilo”.
O jovem alemão dirigiu-se a mim e insistiu que eu lhe mostrasse as fotos.
Retruquei que a mãe das crianças, que teria direito a vê-las, não quis fazê-lo.
Ele contrapôs que ela agira assim por não saber do que se tratava, que tipo de pessoa eu era.
Falava alto e todo restaurante olhava para mim.
Continuava a insistir que eu lhe mostrasse as fotos, para provar minha inocência.
Mencionou novamente a polícia.
Comecei a ficar muito nervoso. Percebi que ele não me deixaria em paz facilmente.
Então, disse, em voz muito alta:
- I DON’T SHOW YOU THE PICTURES BECAUSE YOU ARE NOTHING TO ME! LEAVE ME ALONE!
E, com toda a força dos pulmões e todo ódio de que era capaz, segurei a faca em riste e vociferei:
- FUCK YOU! FUCK YOU!
Vi o medo surgir imediatamente em seus olhos.
A mulher, sentada ao seu lado, segurou-lhe o braço e pediu-lhe que esquecesse a história.
Ele aceitou a sugestão e baixou a cabeça sobre o peito.
Acho que compreendera que a situação estava se tornando séria, perigosa para ele.
Pedi a conta e saí do restaurante.
Percebi que meu corpo tremia.
(Em anexo, as fotos que tirei.)
Marcos A. P. Ribeiro
           
  
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