sexta-feira, 31 de agosto de 2012

TURISMO: HISTÓRIA DE UM FRACASSO


A denúncia deste blog sobre a leviandade da Secretaria Estadual de Turismo parece ter incomodado bastante os acusados.
Era, aliás, esta nossa proposta.
Os vários níveis deste departamento precisam ter em mente um fato: são pagos pelos contribuintes para construir uma sociedade melhor.
É óbvio para todos, menos para eles.

A função da Secretaria de Turismo é passar uma boa imagem da Bahia a imprensa estrangeira para que venham cada vez mais visitantes. O turismo costuma ser definido como indústria não poluente. Nos outros estados brasileiros está em alta, menos na Bahia!
Por quê? Por pura incompetência.

Os ditos responsáveis teimam em vender duas imagens: a primeira, do Oba-Oba, oriundo dos romances mal interpretados de Jorge Amado e de lamentáveis produções apelativas na TV tipo “Ô paí, Ô”. A segunda, a do um estado dinâmico, virado para o futuro, com arranha-céus igualzinhos a Manhattan e hotéis luxuosos para petro-árabes e mafiosos russos.

Mas afinal, o que foi que aconteceu com a lamentável recepção aos quarenta jornalistas que quase se afogaram nos engarrafamentos em maio por causa das chuvas torrenciais... e previsíveis?

 
A Secretaria de Turismo resolveu abrir licitação. O que é de lei, tudo bem.
Várias agências de receptivo participaram.
Quem levou foi uma agência desconhecida – que nem está associada a ABRE (Associação Baiana de Receptivo) – só por que ela apresentou preços muito abaixo da realidade.
Resultado? Serviço de péssima qualidade, guias não profissionais, falta de intérpretes etc.
Mas mesmo admitindo as deficiências da tal agência, a Bahiatursa tinha por obrigação acompanhar todo o desenrolar do evento e, em caso de imprevisto, tomar iniciativas, como modificar os programas estabelecidos.

Naquele momento, passar uma imagem altamente favorável era de suma importância para o Estado da Bahia. É evidente que nunca passou pela cabeça dos responsáveis e dos organizadores que este grupo não era de turistas simplórios fáceis de manipular e satisfeitos pelas gratuidades oferecidas, mas sim jornalistas convidados a se encantar com tudo o que temos de melhor em hotelaria e restauração, em cultura e memória, em paisagens e comportamentos.
Para cidade high-tech os mesmos jornalistas têm outros destinos.

Singapura e Dubai não é aqui, nem vai ser tão cedo.

Um comentário:

  1. Tudo que está acontecendo na Bahia é lamentavel. Não vejo um passo para frente e sim dois ou três para tras, permeados pela ignorância, despreparo e "participação nos gastos". Já existe um Centro Historico, já foi remodelado algumas vezes com sucesso, pois a concepção já existia, foi só recupera-la. Por que essa palhaçada agora de recuperar a nossa história destruindo-a e colocando no lugar armengues de gosto discutivel???

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