quarta-feira, 12 de setembro de 2012

RETALHOS 76

Desculpas da fabricante de talidomida provocam consternação entre vítimas. Em Berlim, as primeiras desculpas apresentadas pela empresa farmacêutica alemã Grunenthal,  fabricante da talidomida, aos milhares de vítimas do medicamento, 50 anos depois dos primeiros casos de malformações, provocaram neste sábado uma onda de consternação nos países afetados por este desastre farmacêutico. Nem se fazia idéia de que a empresa responsável nunca indenizara as vítimas da talidomida. Que escândalo! Que vergonha! Que monstruosidade! 50 anos se passaram... E tem gente sem braços nem pernas aguardando justiça! Por uma vida inteira! A filha de um amigo meu, o português Luis Nobre Guedes, foi uma das vítimas. Teve os braços atrofiados. Você pode imaginar o calvário que esta criança, adolescente, mulher teve durante todo este tempo? E os transtornos psicológicos? Pelo menos estas vítimas poderiam ter tido uma segurança financeira como (fraca) compensação! E isso na Alemanha!    

***Levantamento aponta que o Itamaraty gastou R$ 2,5 milhões com cerimonial.  A cada três dias são realizadas duas recepções a comitivas diplomáticas, o que pode incluir café da manhã, almoço, jantar e coquetel, além da hospedagem e transporte. Do total, R$ 1,9 milhão referem-se a gastos com uma empresa de bufê, agência de viagens e hotéis. Outros R$ 429.100 são despesas com locação de carros. Além do valor, o uso de uma mesma empresa, há 40 anos, para os serviços de alimentação, tem chamado a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU), que está verificando os contratos do setor (Claudio Humberto).***Réus do mensalão, os ex-dirigentes do Banco Rural tentaram encurralar a principal testemunha da acusação, Carlos Roberto Sanches Godinho - ex-superintendente da área de Compliance do Banco Rural -, para evitar que ele manchasse a imagem da instituição. Desde que saiu do banco, em 2005, ele não conseguiu mais emprego na área financeira. Hoje, divide seu tempo entre temporadas nas casas da filha, em Belo Horizonte, e do filho Sérgio, em Natal, Rio Grande do Norte. “Você vê como são as coisas: meu pai resolveu ajudar e foi como se a moeda virasse para o outro lado. Ele só fez o que achava certo. O ex-ministro da Justiça precisava saber disso, né?” diz Sérgio, criticando Márcio Thomaz Bastos, defensor de José Roberto Salgado, ex-diretor do Rural.                    

*** Organizadores da Lavagem da Madeleine em Paris explicam que só captaram R$ 200 mil dos R$ 710 mil autorizados, para a “importante divulgação da cultura brasileira”. Paris cheia de brasileiros que o diga. *** Você acha que nestes últimos anos a educação melhorou no Brasil? Então, votem no Fernando Haddad, paulistas! *** Quem falou sobre os absurdos que sempre têm antecedentes na Bahia? Leio no jornal do 11 de setembro que o Museu de Arte Moderna  estará fechado até sexta-feira por causa de um evento relacionado com a Copa do Mundo. E isso sem a menor contrapartida! O que esta manifestação, de caráter totalmente mercantil, tem a ver com a cultura? Porque os organizadores não pedem asilo à empreiteira que tanto vai lucrar com a destruição/construção do estádio da Fonte Nova? E o Centro de Convenções, não é digno destes empresários? Estamos atravessando uma perigosa confusão de valores com a programação capenga dos museus ligados ao Ipac, seja no MAM, no Palacete das Artes ou em outros espaços menos significativos. Uma nota antes do feriado do Sete de Setembro avisou que, durante este último longo feriado, estes museus estariam fechados. Bela forma de conceber a relação cultura/povo... Continuamos vivendo uma sociedade de privilégios.       *** Em entrevista à revista IstoÉ desta semana, a cantora Gal Costa detonou a Bahia, sua terra natal. Ela revela que não sente saudades de morar em Salvador. "Não tenho nenhuma saudade da Bahia. Adoro morar em São Paulo. Eu tô aqui, esse é o meu lugar. Vejo a Bahia muito mal cuidada. Os governantes não estão cuidando da Bahia como deveriam. Ela está muito maltratada", afirmou a artista.

 *** O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que a presidente Dilma Rousseff “vai bem como gerente, mas vai mal como estadista”. O parlamentar observou que “o gerente se concentra nos problemas de hoje; o estadista resolve os problemas de hoje, olhando para o amanhã”. Falando como líder de seu partido na quarta-feira (5), o senador opinou que as medidas econômicas tomadas pela presidente são corretas do ponto de vista imediato, mas “insuficientes e incorretas” do ponto de vista do futuro de um país. Cristovam lembrou que a presidente preferiu reduzir a tributação dos automóveis em vez de reorientar a indústria automobilística para a fabricação de outros produtos. De acordo com o senador, o aumento puro e simples da produção de automóveis “não é compatível a médio e longo prazo com o futuro”. O senador assinalou que o Brasil optou por fazer a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. "Mas qual o retrato que queremos do Brasil: um país que faz olimpíadas ou um país que faz medalhas?", questionou o parlamentar, assinalando que um gerente se encarrega de fazer as obras necessárias para a realização dos eventos; já o estadista precisa cuidar para ter uma juventude com alto rendimento desportivo.
*** Imaginem o que seria das múmias políticas, a exemplo de José Sarney e de outras figuras que habitam o espectro nacional, se, de repente, num sopro mágico de loucura e assepsia pública, o País resolvesse determinar que só se poderia ficar em cargos políticos no máximo dez anos? Por incrível que possa parecer, essa é um decisão surpreendente do Partido Comunista de Cuba. O pecebão de lá entendeu de aprovar, com as bênçãos de Raúl Casto, que “cargos políticos fundamentais, inclusive o de presidente, terão mandato de cinco anos, renováveis por mais cinco.” E ponto final na carreira do bacana. A Ilha, vê-se, está mudando para não afundar de vez.(Samuel Celestino) 

*** Mudanças à vista no centro histórico de Salvador. O Carlos Amorim deixaria a diretoria do Iphan para alguém da Unesco (?) e a administração do mesmo bairro passaria sob a responsabilidade de uma empresa privada. Mais de 1500 casarões teriam enfim um destino adequado e quem deve aluguel deverá chegar a um acordo. Será que estaríamos chegando ao fim deste interminável  túnel?
*** Quando você estiver em frente da Igreja do Boqueirão, veja a discutível restauração das pedras do frontispício: tudo já está enegrecido, porque não colocaram uma resina de proteção. Agora os fungos entraram mais fundo, por que os orifícios ficaram desprotegidos. Veja também que o biocida não foi adequadamente utilizado, uma vez que os arbustos voltaram a enfeitar a fachada do belo monumento. Noutra terra, o autor de obra mal feita teria que refazer tudo, mas na Boa Terra...



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