terça-feira, 23 de abril de 2013

ISIS, A REVOLUCIONÁRIA


Liguei para Ísis - a estudante de arte de 25 anos com a qual mantenho algum tipo de relacionamento -; dorme ao menos uma vez por semana em minha casa; e disse:
- Ganhei um jantar para dois num restaurante da Marina e gostaria que você fosse comigo.
- Não posso; não temos intimidade suficiente para sairmos juntos.
- Mas como? Temos intimidade para dormirmos juntos, mas não para sairmos? Não entendo.
Ela riu.
- Com você é o contrário: as outras mulheres querem primeiramente sair, ir ao cinema, jantar; conhecer bem o cara, ganhar intimidade, para depois transar – acrescentei.
Ela ampliou o riso.  
Percebo que embora tenha lido muito sobre o assunto - inclusive “artigos científicos” -, realizado muita “pesquisa de campo” e casado duas vezes, estou cada vez mais distante de um dos objetivos precípuos de minha vida: entender as mulheres.
Marcos A. P. Ribeiro

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