quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A COPA NA JUSTIÇA

Campello diz que ‘não é possível fazer Copa’ sem gastar e espera que ação não dificulte Mundial

por Sandro Freitas                                                                                                       BAHIA NOTÍCIAS
Campello diz que ‘não é possível fazer Copa’ sem gastar e espera que ação não dificulte Mundial

Alvo de protestos desde junho, o gasto público com as copas das Confederações e do Mundo foi parar na Justiça com ações em todas as cidades-sede que receberam o evento preparatório para o torneio (ver aqui). Na Bahia, o Ministério Público do Estado pede que a Fifa e o Comitê Organizador Local da Copa (COL) devolvam R$ 31 milhões aos cofres públicos. Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário estadual para Assuntos da Copa, Ney Campello (PCdoB), defendeu o gasto em estruturas necessárias para os jogos, ressaltou que trata-se um movimento nacional e não contra o governo baiano, além de avisar: “não é possível fazer Copa sem investimento”. O MP-BA considera irregular o fato de as despesas só terem entrado no acordo entre governo e Fifa após um aditivo contratual. “Essas estruturas, que prefiro chamar de instalações complementares, são essenciais. E elas são objeto de um contrato que foi celebrado em fevereiro de 2009 e teve um aditivo em maio de 2009, antes do anúncio das cidades-sede da Copa das Confederações. O governo da Bahia fez [os investimentos] com absoluto rigor e economicidade. Foi o contrato mais barato das seis sedes e com estratégia de ajudar a reduzir os custos de 2014. [...] É um expediente jurídico legítimo que, adicionado ao contrato, passa a integrá-lo. Não tem diferença legal entre aditivo e contrato”, argumentou. 
 

Foto: Getty Images
 
Campello explicou que entre as estruturas complementares estão oito quilômetros de grades, 35 km de cabos, geradores e contêineres. Todo o pacote saiu por R$ 31 milhões, dos quais R$ 26 milhões para o consórcio Rhor/Fast, responsável por fornecer a maior parte dos equipamentos. Os outros R$ 5 milhões foram licitados entre diferentes empresas, sem intermediários, o que o titular da Secopa garante ser o motivo da economia em relação às outras cidades, que gastaram uma média de R$ 35 milhões. Para 2014, o secretário estima despender o mesmo que para o evento de junho, ou até menos. “Adquirimos o know how da Copa das Confederações e tem muita coisa que não tem diferença. Por exemplo, quando se contrata um raio-x ou gerador, você contrata por 30 dias. Teve muito investimento em 35 km de cabos para  transmissão televisiva e esses cabos estão todos lá, conforme acordo com a Fonte Nova. Agora, só fazemos instalar. Metade das cercas foram compradas e ficaram para a Secretaria de Segurança Pública usar em outros eventos. Minha expectativa é de que se gaste até um pouco menos [na Copa do Mundo], mas isso precisa ser feito. Não se faz Copa sem investimento em serviços complementares”, reiteirou. A ação do MP-BA, na visão do secretário, é “legítima”, mas não pode “dificultar a realização da Copa”. “A demanda será respondida juridicamente pela Fifa e pelo COL. Contudo, espero que nenhum movimento como esse traga dificuldades para a Copa. A essa altura, seria um prejuízo muito maior se tivéssemos dificuldade na realização da Copa”, finalizou.

Um comentário:

  1. O governador da Bahia não tem um único centavo para a educação! Para que educação? Para que os educados vejam os desmandos e roubos dos políticos? Melhor deixar o povo na ignorância e escuridão, assim fica mais fácil meter a mão no dinheiro público. Pão e circo!!! Ultimamente o povo só vê o circo.
    Cecília

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