quinta-feira, 30 de abril de 2015

O PODER DAS EMPREITEIRAS


No jornal A Tarde de hoje (29 de março), na terceira página do caderno B, bem lá embaixo, quase desaparecendo, esta notícia, discretíssima, com o título, que, notem, não menciona a palavra ODEBRECHT.
A razão de tanta discrição talvez se encontre no mesmo jornal da terça-feira passada.
Foram seis páginas compradas pela mesma empreiteira ODEBRECHT para publicar um fastidioso " Relatório dos administradores 2014". Estas seis páginas devem ter custado uma nota!
Quem irá verificar o conteúdo desta publicação?

DOLEIRO DIZ QUE 
EMPREITEIRA 
PAGOU PROPINA 
NO BRASIL

Sem citar valores, o doleiro 
Alberto Youssef disse em de
poimento prestado ontem 
na justiça federal do Paraná 
que a Odebrecht pagou pro-
pina também no Brasil, on-
de os valores eram entre-
gues em dinheiro vivo para 
funcionários da estatal e po-
líticos. Ele afirmou que dois 
operadores fizeram os pa-
gamentos em espécie supos-
tamente ordenados pela 
empreiteira: a doleira Nel-
ma Kodama e Leonardo Mei-
relles, que emprestava con-
tas no exterior para Youssef 
fazer remessas ilegais.
Até agora, a empreiteira só 
havia sido associada por de-
latores a pagamentos de su-
borno fora do país. O ex-pre-
sidente da Petrobrás Paulo 
Roberto Costa, por exemplo, 
disse ter recebido US$ 23 mi-
lhões da empreiteira em 
contas na Suíça, conforme a 
Folha de S.Paulo revelou em 
outubro.
O ex-gerente da Petrobrás 
Pedro Barusco também dis-
se em acordo de delação ter 
recebido cerca de US$ 1 mi-
lhão da Odebrecht na Suiça
 e entregou o que seria o com-
provante da transação, feita 
por uma empresa do Pana-
má, a Construcciones del 
Sur.
O doleiro assinou acordo 
de delação premiada segun-
do o qual terá pena de três a 
cinco anos em regime fecha-
do, dependendo das revela-
ções que ele trouxer no cur-
so dos processos. Youssef 
não mencionou quem teria 
recebido o suborno que ele 
atribui à Odebrecht.

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