sexta-feira, 31 de julho de 2015

POR QUE O PT FRACASSOU

DAVID COIMBRA

“O pior do governo do PT não é a corrupção. É a legitimação de uma espécie de guerra de classes no Brasil. Porque é assim que o governo se justifica. Este seria um governo “dos pobres”, um governo “de esquerda”, o que, por si, seria bom. Finalmente, os pobres estariam representados pela esquerda com consciência social. Os interesses dos ricos teriam sido contrariados para que os pobres, enfim, ascendessem socialmente.
Só que isso não é verdade.
Esqueça a corrupção. Esqueça o autoritarismo inato do PT. Esqueça as sabotagens à democracia representativa. Concentre-se apenas no que os governistas apresentam como pretexto para os seus defeitos: a suposta defesa dos pobres, o mérito intrínseco de ser “de esquerda”.
É um pretexto falso. É uma crença mentirosa.
Por quê?
Nenhuma classe social, nenhuma categoria, nenhum país pode ser bem atendido se for só por programas e obras materiais. O Bolsa Família, de longe a melhor ação do governo do PT, é, por natureza, emergencial. Em tese, você resolve aquela questão premente e depois passa para a administração de fato dos problemas da nação.
Muita gente me critica dizendo que, há alguns anos, escrevi colunas favoráveis ao governo do PT e que agora mudei. Não mudei. E nem o governo mudou. Quando o governo começou, pensei: Lula está tratando do que é urgente, em seguida passará às questões estruturais.
Nunca passou.
Lula e os governistas se acomodaram com a facilidade dos programas, com o populismo e com as obras de aço e concreto, fonte borbulhante de corrupção. Isso já foi feito pelo governo militar. Minha mãe conseguiu comprar nosso apartamento graças ao BNH, um programa habitacional. Paguei minha faculdade graças ao crédito educativo, um programa educacional. O Mobral era um bem-intencionado programa de inclusão social por meio da alfabetização. Da mesma forma, a ponte Rio-Niterói, a freeway, a refinaria Alberto Pasqualini, a Usina de Itaipu e outras tantas obras de infraestrutura eram uma espécie de PAC dos militares.
Mas onde ficaram as reformas estruturais depois de 21 anos de governo dos generais? Onde estão agora as reformas estruturais, depois de quase uma década e meia de governo petista?
Em lugar algum, porque não foram feitas.
Os pobres, e por consequência o Brasil todo, só serão realmente atendidos quando o país fizer reformas por dentro, quando for reestruturada a educação básica e fundamental, quando for instituído um federalismo de fato, quando houver uma reforma tributária, quando houver reforma na segurança pública, com mudanças no Código Penal, nas polícias e no sistema prisional, quando o sistema de saúde deixar de ser bom só na teoria.
É assim que os pobres serão ajudados de verdade no Brasil. Só assim. Por que o PT não fez essas mudanças quando tinha chance de fazê-las?
Por má intenção?
Não.
Simplesmente porque não sabe fazê-las.
O PT jamais teve um projeto de administração do Brasil. Sempre teve um projeto de poder. A ideia era chegar lá e depois ver como “ajudar os pobres”. Empossado, Lula foi tentando, palmeando no escuro. Lançou o Fome Zero. Não deu certo. Adotou o velho programa do Bolsa Família. Deu certo. Lula viu que esse era o caminho da popularidade. Seguiu por ele. E esqueceu-se do resto. Esqueceu-se de que o Brasil precisa de um trabalho duro, difícil, profundo e, muitas vezes, impopular para se tornar uma nação verdadeiramente justa.
Não festejo o fracasso do PT. Ao contrário: lamento. Perdemos tempo. E pior: acirrou-se uma disputa ideológica rançosa, de teor clubístico, que só nos empurra para discussões vazias. O PT não fracassou por ser supostamente de esquerda, não fracassou porque supostamente quer ajudar pobres. Fracassou porque não sabe governar.”

CECIL: ASSINE!

Caros amigos,

Um dentista americano apareceu nos jornais do mundo todo por ter matado brutalmente Cecil, um leão dócil do Zimbábue.

Mas seu ato repugnante criou uma oportunidade para salvarmos todos os leões do mundo.

Americanos e europeus ricos como este dentista viajam para a África e pagam fortunas para caçar leões e outros animais exóticos por esporte, e depois levam para casa as cabeças dos animais como troféus.

Se todos nós agirmos agora, poderemos forçar os EUA e a Europa a proibir a importação destes troféus que ameaçam a sobrevivência de animais majestosos. 



Nós não podemos trazer Cecil, o majestoso leão do Zimbábue, de volta à vida. Mas podemos pressionar os Estados Unidos e a União Europeia a aprovarem regras para proteger os leões que restam no mundo. Para vencer, precisamos de uma avalanche de assinaturas e compartilhamentos no Facebook, Twitter, e-mail... ou seja, em todos os lugares:

ASSINE A PETIÇÃO

Alguns parlamentares europeus já consideram o assunto, mas para vencer, precisamos de uma onda de apoio global sem precedentes. Temos chances: 1,4% dos usuários da internet em todo o mundo estão recebendo este e-mail. Se cada um de nós fizer com que uma outra pessoa assine, chegaremos a quase 3%. Se cada pessoa convencer três pessoas, conseguiremos quase 6%, e assim por diante. 

Assine e compartilhe no Facebook, Twitter, e-mail – em todos os lugares – antes que o mundo se esqueça de Cecil

https://secure.avaaz.org/po/save_africas_lions_loc/?bMEJOdb&v=62690

Cecil era um leão amado no Zimbábue, conhecido por sua impressionante juba negra e por ser manso com os turistas e fotógrafos. 

A caça de Cecil durou 40 horas e foi de uma brutalidade sem tamanho: os caçadores atraíram o leão para fora do parque protegido onde vivia, acertaram ele com uma flecha e o deixaram sofrer durante toda a noite. Eles mataram Cecil na manhã seguinte e, ilegalmente, arrancaram o aparelho de GPS antes de decapitar e esfolar o leão para fazer o troféu. 

Para aumentar a tragédia, cerca de doze filhotes de Cecil agora correm risco de serem abatidospor outros leões, algo comum quando os machos do grupo morrem. 

O Zimbábue e outros países não vão reprimir crimes como este, nem mesmo regulamentar melhor a caça, a menos que os lucros da atividade sejam ameaçados. Portanto, se os Estados Unidos e a Europa proibirem a importação de troféus animais provenientes de países que não adotam práticas sustentáveis de caça, garantiremos a sobrevivência dos leões no planeta. 

É uma política simples, já endossada por alguns países da União Europeia, mas que não será aprovada sem o apoio de um movimento global gigantesco. Se todos nós assinarmos e convidarmos nossos amigos para participar, compartilhando com toda a internet, poderemos vencer. 

Assine e compartilhe agora -- não deixe passar essa oportunidade que Cecil tristemente nos trouxe

https://secure.avaaz.org/po/save_africas_lions_loc/?bMEJOdb&v=62690
A comunidade da Avaaz já conquistou vitórias surpreendentes para salvar algumas das espécies mais ameaçadas do planeta: desde baleias a orangotangos, passando pelo atum-rabilho. Em cada ocasião, a vitória se deve ao fato de que nos unimos no exato momento em que a oportunidade se apresentou, acreditando que um mundo melhor e mais sustentável é possível. Chegou a vez de nossos leões.

Com esperança,

Mia, Rewan, Luis, Danny, Jooyea, Sobaika, Ricken e toda a equipe da Avaaz

Mais informações:

A terrível história da morte do leão Cecil (Exame)
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/a-terrivel-historia-do-leao-cecil-morto

Uma flecha, um tiro e 50 mil euros mataram o leão Cecil (O Público)
http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/uma-flecha-um-tiro-e-50-mil-euros-mataram-o-leao-cecil-1703444

Dentista confessa que pagou para matar leão Cecil, ícone da África (O Dia)
http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2015-07-29/dentista-confessa-que-pagou-para-matar-leao-cecil-icone-da-africa.html

O que aconteceu ao homem que matou o leão Cecil? (Sábado)
http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/o_que_aconteceu_ao_homem_que_matou_o_leao_cecil.html

Caçador de leões Walter Palmer que matou Cecil enfrenta pressão por processo (Guardian) (em inglês)
http://www.theguardian.com/world/2015/jul/29/cecil-the-lion-calls-for-prosecution-us-dentist-walter-palmer

Morte do mais amado leão do Zimbábue inflama debate sobre caça esportiva (National Geographic) (em inglês)
http://voices.nationalgeographic.com/2015/07/21/death-of-zimbabwes-best-loved-lion-ignites-debate-on-sport-hunting/

Assassinato do leão Cecil desencadeia pedidos de proibição de importação de troféus na UE (Guardian) (em inglês)
http://www.theguardian.com/environment/2015/jul/27/killing-of-cecil-the-lion-prompts-call-for-eu-ban-on-importing-lion-trophies 


BAIRRO DE SANTO ANTÔNIO

AQUI MORA GENTE

FOTO: D. GANZELEVITCH

LAVA JATO MUDA A JUSTIÇA E A ADVOCACIA


JOAQUIM FALCÃO 




 Pragmática, a nova geração de juízes, procuradores e delegados erra aqui e acolá, mas dá mais prioridade aos fatos do que às doutrinas.
 A Justiça penal não será a mesma depois do mensalão e da Operação Lava Jato. 

Tanto na prática de juízes, delegados, procuradores e advogados como nas doutrinas e tribunais, tudo começa a mudar. Que mudanças são essas?
 Mudança geracional. Juízes, procuradores, delegados são mais jovens. Fizeram concurso mais cedo. Vivem na liberdade de imprensa, na decadência dos partidos e na indignante apropriação privada dos bens públicos. E não têm passado a proteger ou a temer.

 Dão mais prioridade aos fatos do que às doutrinas. Mais pragmatismo e menos bacharelismo. Mais a evidência dos autos –documentos, e-mails, planilhas, testemunhos, registros– do que as lições de manuais estrangeiros ou
 relacionamento de advogados com tribunais. Erram aqui e acolá. Às vezes, extrapolam, mas passaram por duro aprendizado institucional com Banestado, Castelo de Areia, Furacão e outras operações. Atentos, buscam evitar nulidades processuais. O juiz, e não mais os advogados, conduz o processo.


 Usam de múltiplas estratégias. Jurídica, política e comunicativa. Valorizam a força das imagens, que entram, via internet, televisão, lares e ruas, nos autos e tribunais.
 São informados e cosmopolitas. Organizam cooperação internacional com Suíça, Holanda e Estados Unidos. É difícil para a tradicional advocacia individual enfrentar essa complexa articulação entre instituições. Usam com desenvoltura a tecnologia. Extraem inteligência de "big data" (análise de grandes volumes de informação). Aplicam-se em finanças e contabilidade.
 As consequências para a advocacia são várias. Plantar nulidades para colher prescrição –o juiz não seria competente, a defesa foi cerceada, o delegado extrapolou poder investigatório etc.– é estratégia agora arriscada. Tribunais superiores não suportam mais serem "engavetadores" de casos que chegam quase
prescritos. Diminuem-se diante do olhar da opinião pública.


 Apostar que juízes, procuradores e delegados agem com arbítrio, ferem direitos
 fundamentais dos réus, sem clara e fundamentada evidência, é protesto que se
 dissolve no ar. Algumas defesas tentam politizar o julgamento. Juízes, delegados e procuradores agiriam a serviço do governo ou dos políticos envolvidos.
 Colocam suas fichas que no Supremo Tribunal Federal tudo se resolveria politicamente. É tentativa possível. Nunca deixará de ser. Mas hoje o sucesso é menos provável.

 O invisível ministro Teori Zavascki não dá mostras de vergar. Até agora não se conseguiu colocar Curitiba contra Brasília. Nem vice-versa.
 Neste cenário, como em todos os países, a defesa preferencial dos réus tem sido a minimizadora de riscos. Contabilizar perdas e danos. Por isso aceitam a delação. Amortecem as condenações individuais dos executivos, oferecendo o apoio empresarial às famílias. Fazem acordo de leniência. Pagam alguns bilhões via Controladoria Geral da União. Vendem ou remodelam as empresas. Assim o país se encontra com nova Justiça e advocacia penal no Estado democrático de Direito.


 JOAQUIM FALCÃO, 71, mestre em direito
 pela Universidade Harvard (EUA) e doutor em educação pela
 Universidade de Genebra, é professor da FGV Direito
 Rio.
  
  

IRMANDADE DOS HOMENS PRETOS

FÓRUM PERMANENTE

Centro Histórico de Salvador pode ter fórum permanente


DEBATE ENVOLVE CINEMAS E CENTRO HISTÓRICO, EM SALVADOR.
Antes, nossos problemas se mostravam culturais antes de serem políticos. Agora, sem que se tenha superado essa equação (ou paradoxo), o que se percebe é o quanto problemáticas como a extinção dos cinemas de bairros e a ausência de políticas efetivas para o Centro Histórico de Salvador, tiveram ampliadas as demandas para questões como mobilidade urbana, avanço nos acessos a tecnologias da informação e da comunicação e segurança pública.
ALBENÍSIO FONSECA



SEXTETO NA ALIANÇA

https://scontent.xx.fbcdn.net/hphotos-xft1/v/t1.0-9/11831731_1636102176648782_7383485622459935990_n.png?oh=8c4b539069090162981e06cbb9005ca0&oe=5644B7CD
Programação musical :
Marin MARAIS (1656-1728) : Les Folies d’Espagne (pour flûte, hautbois, clarinette et basson)
Luiz COSTA (1879-1960) : Três Poemas do Monte op.3 (pour piano solo)
Antonio VIVALDI (1678-1741) : Sonate en Si b (pour flûte, hautbois et basson)
Albert ROUSSEL (1869-1937) : Divertissement (pour piano, flûte, hautbois, clarinette et basson)
Francis POULENC (1899-1963) : Sonate pour clarinette et piano
Ludwig VAN BEETHOVEN (1770-1827) : Quintette pour piano et vents (flûte, hautbois, clarinette et basson)
François COUPERIN (1668-1733) : Concerts Royaux (pour hautbois et basson)
Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791) : L’enlèvement au Sérail (pour piano, flûte, hautbois, clarinette et basson)

UM ALÍVIO!

NÃO CONHEÇO ESTE MAURÍCIO MATHIAS RABELO DE MORAIS
E NADA TENHO DE PESSOAL CONTRA A BEATRIZ LIMA.
MAS ERA, 
MAIS UMA VEZ, 
A PESSOA CERTA NO LUGAR ERRADO

O DESGOSTO DA HISTÓRIA

A reforma do Rio Vermelho, pedras portuguesas e o desgosto da história




gil vicente tavares
Nasce um Deus. Outros morrem. A verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.

Esse primeiro quarteto do poema Natal, de Fernando Pessoa, lembrou-me, por esses dias, a Salvador do Século XX, que insiste em permanecer, até hoje, noutro milênio.
As discussões recentes, sobre a reforma do bairro Rio Vermelho, remontam às discussões sobre a reforma recente da Barra, que remontam às pedras portuguesas tiradas do calçadão do Porto da Barra, há anos, pedras estas sempre em discussão. Conforto, manutenção, identidade, etc. (como se todos os pisos, monumentos históricos, prédios antigos não tivessem problemas de manutenção, custos altíssimos de preservação, de pessoal empenhado nos cuidados, etc.).
O fato é que era sempre melhor o que passou, em Salvador. Ao menos pra mim. Na foto acima, vemos o Jardim da Graça, espaço que não deve em nada a jardins que vi em Paris, em Roma e Lisboa. Mas não existe mais. A Catedral da Sé foi demolida para passar uma linha de bonde, e as seguidas intervenções no que ainda hoje chamamos de Praça da Sé são provas cabais do nosso mau gosto e do quanto o horror de um progresso vazio, como diria Caetano, vai descaracterizando, destruindo, aniquilando nossa história, nossa cultura, nossa arte.
Somos, por vezes, tão idiotas, que buscamos novidades, por pior que sejam, como uma necessidade urgente e primordial de Salvador. Talvez por um trauma de ex-capital, que deixamos de ser ainda província, e que talvez também por conta disso nunca tenhamos deixado de sê-lo, queremos ser vanguarda, por um lado, e criativos, inovadores, revolucionários e desbravadores, por outro. Parece que queremos nos desvincular daquela imagem de capital da colônia, mostrando que estamos da “moda”. Talvez, também, não seja nada disso, ou um pouco disso tudo.
O fato é que, ao contrário de diversos lugares que prezam suas tradições e seus clássicos, basta termos um carnaval sem uma canção impactante, ou um som novo, e todos os abutres do Axé começam a falar em crise de criatividade. Sentimo-nos na obrigação de fazer o “novo” o tempo todo. Rejeitamos a tradição, o clássico, o passado, em busca de eternas novidades que serão, sempre, um velho revisitado, segundo palavras de Vieira, com riscos de ser um pastiche, boa parte das vezes.
Essa mentalidade perpassa diversos setores da nossa cultura. Dos experimentais vanguardistas das artes que – em sua maioria – apresentam modismos requentados e desinteressantes, camuflados sob a desculpa da inferioridade do público e atraso da cidade, até os governantes e seus projetos mirabolantes que de forma quase total resolvem interferir, pra pior, bem pior, na cidade.
Com exceção das destruídas e bombardeadas – e há aquelas que reconstroem sua história, como citei num artigo anterior – as cidades históricas preservaram parte significativa de sua arquitetura e urbanismo como uma identidade, um valor cultural e simbólico, um potencial turístico e, consequentemente, financeiro; trazendo, assim, bem-estar à população local que não se vê asfaltada e murada por prédios, viadutos e concreto, concreto, concreto.
Essa volta toda para dizer que talvez Salvador não goste de si, de seu passado, de sua história. A forma como caipiramente louvamos o que vem de fora, sem dar valor ao que temos aqui – muitas vezes melhor que o que vem de fora – é prova cabal. As pessoas viajam o mundo louvando a programação cultural das grandes metrópoles, sem se aperceberem que são elas culpadas pela programação cultural soteropolitana muitas vezes definhar, justo por ser ignorada por essas mesmas pessoas que varrem espetáculos da Broadway ou da Avenida Corrientes.
O mesmo vale para nosso Centro Histórico. Sinceramente, se ocorresse a tal gentrificação que tantos acusam em relação ao Pelourinho, Santo Antônio e adjacências, sendo bem-feita, bem pensada, eu não veria problema algum. A iniciativa da Fera Empreendimentos, que muitos vêm atacando, me soa, por vezes, uma salvação para uma zona abandonada, simples elo entre o Pelourinho e a Praça Castro Alves. Revitalizar o Palace Hotel jamais passaria pela cabeça de empresários baianos, que torram seus patrocínios em camarotes, villages ao Norte e Sul da cidade, ou investem pesado em prédios na Paralela a arredores, fugindo da “cidade real”, da “cidade histórica”, da cidade que faz de Salvador o que ela é: com suas ladeiras, casarões coloniais, seu cheiro de dendê, suas igrejas, seus terreiros; tradição e identidade. Mas há aqui uma preferência pelo desabamento, em detrimento de algum investidor de fora que possa interferir na cidade. Um excessivo zelo pela decadência e uma histérica rejeição ao capitalismo, como se pudéssemos estar fora dele (e até podemos e ficamos, para o nosso mal, desde as políticas econômicas à estrutura escravagista que realçam nosso falhanço).
O aspecto de praça de xópim center que virou a reforma árida da Barra, que a todo momento é remendada e que, depois de petulantes argumentos de que seria assim e pronto, agora sofre mudanças de trânsito, de arborização, de estrutura, é um fantasma que ronda o Rio Vermelho.
Gostem, ou não gostem das pedras portuguesas, sua retirada segue a lógica histórica, da cidade, de mudar, “inventar moda”, deixar uma marca moderna, pessoal, ao urbanismo de Salvador.
Há quem goste da nova Ceasa, da reforma da Barra, da demolição de escolas projetadas por Lelé, daquele mondrongo que até hoje não entendi pra que serve no Terminal Marítimo de Salvador. Há quem defenda aquele estupro visual que é o metrô da cidade, que promete lascar visualmente a Paralela com uma imensa serpente gorda e pesada de concreto em seu meio. Há os que aplaudem que haja mais xópins, mais gaiolas, mais grades, mais concreto, vidro fumê, arranha-céus. Há quem goste da descaracterização da cidade, há quem vibre com o esquecimento do que fomos (e poderíamos ter sido).
Andando por Roma e Paris, pelos lugares históricos que são a maioria da cidade, vemos prédios antigos de gabarito baixo, arquitetura de séculos preservada, e são cidades cosmopolitas que os caipiras de Salvador acham lindas e aplaudem. Basta darmos uma olhada em postais da cidade antiga de Salvador, e um desespero nos acomete. Já fomos isso? Já tivemos isso? Basta ver o livro “… vou pra Bahia”, de Marisa Vianna – quase todo com postais de Ewald Hackler, grande diretor e professor de teatro alemão radicado há décadas na cidade – e muitos sentirão aquela nostalgia de tempos não vividos, imaginando o que ainda poderíamos ser, poderíamos ter sido.
Talvez, no entanto, haja uma lógica inversa nisso tudo. A ideia do “já fomos isso” e “já tivemos isso” seja por conta de nosso desmerecimento. O que destruímos, demolimos e esquecemos da cidade talvez seja nossa forma de mostrar que não merecemos aquilo, que essa cidade nasceu pra ser um amontoado horrível de arquiteturas, erros urbanísticos e mau gosto. O que vimos fazendo é eliminar qualquer resquício de história, beleza e cultura, em busca de uma descaracterização, de uma reinvenção cafona, de novo-rico, de burguesia ignorante, que devaste a “cidade real”.
Como, ao contrário da maioria dos grandes nomes da nossa terra, a arquitetura e urbanismo de Salvador não têm como se mudar pra tentar a vida no Rio, Sampa, ou Paris, ou Nova York, e serem reconhecidos e fazer sucesso, nós mesmos fazemos o favor de que tudo isso vire o “já fomos isso” e “já tivemos isso”, numa gana violenta em busca do novo. Talvez sejamos os artífices do nosso declínio, livrando a história, que não merecemos, de um povo que não a quer merecer.
O novo Rio Vermelho vem aí. Sem pedras portuguesas. Tira e bota concreto. Dá menos trabalho, fica menos história, despersonaliza e simplifica. Em meio a tanta merda que vem sendo feita em nossa cidade, tirar pedras portuguesas talvez não importe tanto (pra mim, importa), mas traz, em sua simbologia, o que nós estamos fazendo com nossa cidade, nossa cultura e nossa identidade, desde sempre.
O erro mudou?
Temos agora uma outra Eternidade?
E era sempre melhor o que passou?

quinta-feira, 30 de julho de 2015

USAR BEM, PEGA BEM

MUITAS VEZES, 
UMA GROSSERIA COM OS OUTROS.

PAS-DE-QUATRE

ESTE TRECHO O LAGO DOS CISNES 
É UM DOS GRANDES CLÁSSICOS DO BALÉ ROMÂNTICO. 

RETRATOS DE UM ANIMAL

VOCÊ OUSARIA POSAR  PARA A POSTERIDADE APÓS MATAR ANIMAIS INDEFESOS E INCONSCIENTES DO PERIGO? 
POIS ESTE DENTISTA AMERICANO, RECIDIVISTA EM CAÇA ILEGAL, ACHOU MARAVILHOSA ESTA COVARDIA!



"Uma pena que Minnesota aboliu a pena de morte...
A NBC soltou matéria sobre o Walter Palmer. O passado dele: Cumpriu liberdade condicional, em 2006, pela morte ilegal de um urso preto no Wisconsin. Em 2003, foi condenado no tribunal de Minnesota por pescar sem licença. E em 2006 teve de pagar um acordo de US$127,000 para se livrar de um processo de assédio sexual movido contra ele pela ex-secretária. Esse cara não vale um grão de arroz mofado!" . 
Esta é a opinião  da professora Clarice Bagrichevsky , opinião com a qual todos nós concordamos




ESTE NEO-NAZISTA NORTE-AMERICANO CHAMA-SE WALTER  PALMER

ONTEM FALEI DE ROMÃZEIRA...

... HOJE VOU FALAR DO 
RESTAURANTE NATURAL ROMÃ


 COMO ENTRADA FRIA, ESCOLHI
 TOMATES RECHEADOS COM QUEIJO E ERVAS
CENOURA RALADA COM PASSAS
CAMPONATA
TORTA DE VEGETAIS 
E OVOS DE CORDONA


 PARA COMPOR MEU PRATO QUENTE
FRANGO A MEXICANA
BERINJELA A PARMEGIANA
QUICHE DE ALHO PORÓ
E PURÉ DE ABÓBORA


E PARA TERMINAR COM ALGUMA DOÇURA
UM CREME BRULÉ DE
 RICOTA E MANGA

O RESTAURANTE ROMÃ É SEM DÚVIDA A MELHOR ESCOLHA PARA UMA REFEIÇÃO NATURAL NO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR.

LARGO DO CRUZEIRO DE SÃO FRANCISCO, 7 PRIMEIRO ANDAR

Largo do Cruzeiro de São Francisco, 07 - 

FOI O MAIS BELO CINEMA

DA BAHIA



O CINE-TEATRO JANDAIA
NA BAIXA DOS SAPATEIROS

CINEMAS DE RUA

Audiência debate fim dos cinemas 

fora de shoppings

Luana Almeida
Espaço Itaú Glauber Rocha é um dos dois cinemas de rua de Salvador - Foto: Erik Salles | Ag. A TARDE
Há cerca de 50 anos, a capital baiana chegou a contar com nove espaços de cinema instalados fora dos shoppings. Hoje, apenas dois - o Espaço Itaú de Cinema (Glauber Rocha), na praça Castro Alves, e o Cine Tupy, na Baixa dos Sapateiros -, continuam em funcionamento.
Ainda assim, o Glauber Rocha sofre com a baixa frequência do público, motivada, de acordo com o diretor do espaço, por problemas da região do centro Histórico, como a insegurança e a falta de estacionamentos.
A escassez deste tipo de espaço cultural e a baixa frequência do público soteropolitano será tema de uma audiência pública promovido pela Câmara de Vereadores, que será realizada nesta quinta-feira, 30, a partir das 14h30, no auditório do Edifício Bahia Center (Rua Rui Barbosa).
O evento contará com a presença do secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal, do presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, do superintendente da Transalvador, Fabrício Muller,  do subprefeito do Centro/ Brotas, Ian Mariani, e da vereadora Aladilce Souza (PCdoB).
Na ocasião, serão debatidas estratégias para promover fortalecimento dos cinemas de rua e casas de arte e formas de atrair o público para esses espaços. A intenção, de  acordo com a  vereadora Aladilce Souza, é que autoridades e representantes de reforcem o debate para que a tradição dos cinemas de rua não seja esquecida.
"É preciso que a Câmara e outras autoridades participem para contribuir com uma saída para o fortalecimento de casas de espetáculo, sobretudo cinemas de rua que são patrimônio da nossa cidade", afirmou.
Pelourinho Dia e Noite - A recuperação da vida cultural do Centro Histórico também motivou a criação do projeto Pelourinho Dia e Noite, que será lançado hoje pelo prefeito ACM Neto, às 15h, no Hotel Pelourinho.
A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Emprego (Sedes) em parceria com outros órgãos da Prefeitura, vai envolver a criação de programações de música, teatro, gastronomia e esporte. Conforme a titular da Sedes, Andrea Mendonça, a intenção do projeto é, ainda, promover ações urbanísticas, como recuperação da iluminação, e da infraestrutura do local.
"A iniciativa partiu da solicitação de comerciantes e moradores. Queremos que  o Centro Histórico volte a ser ocupado por soteropolitanos e turistas", disse.

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
TENDO PARTICIPADO DO EVENTO, DEVO ADMITIR QUE FIQUEI MUITO SATISFEITO COM O EVIDENTE ENVOLVIMENTO DA VEREADORA ALADILCE SOUZA.

 NA MESA DE DEBATE O DEPOIMENTO MAIS CONTUNDENTE FOI DO CINEASTA CLÁUDIO MARQUES.
FEZ UM BREVE HISTÓRICO DAS SALAS DE CINEMA EM SALVADOR E RELATOU AS NUMEROSAS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO EMPREENDIMENTO DO CINEMA GLÁUBER ROCHA/ITAU 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

O RIO VERMELHO CHORA

Jornalista desabafa nas redes sociais 

contra demolicação 

do Mercado do Peixe

O blogueiro Pablo Reis utilizou em sua postagem a imagem da revogação de licença dos permissionários do Mercado do Peixe por parte Semop

Foto: Reprodução / Tatiana Azeviche

A requalificação do Rio Vermelho tem gerado muita polêmica entre os órgãos competentes, moradores e comerciantes do bairro. No projeto está incluída a demolição do Mercado do Peixe, o que gerou protesto dos vendedores nesta segunda-feira (20).

No mesmo dia, o jornalista Pablo Reis, utilizou as redes sociais para prestar apoio à "luta" dos comerciantes. Em seu perfil oficial do Facebook, o blogueiro postou uma imagem da revogação de licença dos permissionários do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho, por parte da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).

Confira a postagem

"Essa é a revogação de licença dos permissionários do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho. Para quem não conhece Salvador, sempre foi a nau dos insensatos, o reduto do fim de festa dos boêmios, a nave louca das madrugadas insones na capital da Bahia. Nunca recebeu muita atenção do poder público, além do básico. Às vezes, este básico se confundia com sujeira e insegurança.

Mesmo assim, o Mercado do Peixe e sua aura foram mantidos durante décadas pelo esforço - meio amador, meio estrambelhado - dos comerciantes e pelo fascínio - meio intelectual, meio de esquerda - dos frequentadores.

Agora, a prefeitura anuncia um novo projeto para o local, chamado de requalificação. A estrutura, reformada em 2010, será demolida: boxes darão lugar a quiosques, em um custo anunciado em R$ 70 milhões pelo poder público.

As licenças foram - de acordo com o Diário Oficial do Município de 6 de abril - "suspensas temporariamente" em 31/12/2014 e revogadas inteiramente em 1°/04/2015. Agora, os donos de boxes - muitos sustentaram famílias nos últimos 20 anos vendendo rabada, dobradinha ou moqueca no local - denunciam que as novas licenças serão emitidas para donos de franquias, restaurantes famosos da cidade ou afins. Os amigos dos amigos dos poderosos de sempre.

CRISE NO TURISMO



MALU FONTES

Resultado de imagem para FOTOS DO TURISMO EM SALVADOR

Crise no turismo em Salvador - Hoje, numa matéria da TV Bahia, sobre uma reunião com o secretário estadual do Turismo, Nelson Pellegrino, e outras autoridades do setor e empresários da área, um represente do setor hoteleiro ressaltou a em entrevista importância de 4 elementos essenciais para resgatar o volume de turistas em Salvador: a reforma do Centro de Convenções, a conclusão da reforma do Porto, a conclusão da reforma da Feira de São Joaquim e a ênfase em campanhas publicitárias (enquanto a emissora ilustrava essa frase com uma imagem fechada de um cartaz da campanha Liquida Salvador (?!! Oi? Não entendi. 

Quem tá falando de consumo? Quem vem fazer turismo em torno da Liquida Salvador? Comércio e shopping tem em todo lugar, não precisa vir para cá). Nesse último item, foi mais do que enfático. Reiterou literalmente que Salvador precisa estar na mídia, se vender nas feiras de turismo, e por aí.

Vem cá: não tá faltando incluir nada nesses 4 pontos, não? Quem dera fosse SÓ isso (como se fosse pouco. Não é). Falta dizer o essencial. As pessoas vêm pra cá (e falo de Salvador, não dos resorts do litoral norte, que acabam de algum modo se bastando com suas opções internas de lazer e atendem um outro tipo de turista, mas da capital mesmo) e vão fazer o quê mesmo? Sim, as pessoas compram um pacote de estadia em Salvador. Aqui chegando, vão fazer o quê, exatamente, de coisas bacanas, claro?

A comida é cara, o serviço é horrível e não dá sinais de melhora, o Pelourinho é lindo mas tem, sim, um assédio desagradável de ambulantes (assim como as escadarias do Bonfim e a porta do mercado modelo), tem até mapa com rota de fuga de ladrão, não temos transporte público decente nas vias principais de circulação turística, quem aluga carro terá dificuldade de vagas para estacionar, não há casa de shows e espetáculos com a qualidade que uma cidade turística exige, os museus fecham nos fins de semana e as praias urbanas, talvez com exceção da Barra, são lugares de risco: inseguras do ponto de vista da integridade física e mais ainda do ponto de vista sanitário. 

Tirou-se o que se tinha e, ao invés de espaços bucólicos agradáveis e sem a privatização que se tinha por parte dos barraqueiros (isso era o anunciado), têm-se agora um amontoado de ambulantes com cadeiras ele plástico encardidas e sombreiros enferrujados para alugar e comidas sendo vendidas de jeitos que é um desconvite até para-a um exército de famélicos. Vamos, hoje, fazer propaganda do que mesmo?

 Vamos "vender" o que mesmo, além das belezas naturais e do patrimônio histórico com mil problemas no entorno dos dois? O que podemos vender com a garantia de que vamos poder entregar para o turista?

Outro elemento da matéria que não deixa de ser intrigante foi a referencia ao fato de que empresários do setor turístico de Salvador estão saudosos dos índices do ano passado, 2014, quando houve um aumento de 13% no índice de turistas, em relação a 2013, por conta da Copa do Mundo. 

Eu devo ser muito burra. 13% é um índice ótimo numa cidade que estava sediando jogos da Copa do Mundo?! Para mim, no contexto em que foi, é um índice horrível.

RETRATO DE UM ASSASSINO


The Minnesota dentist who paid $55,000 to go lion hunting in Africa ends up killing the country's most famous lion, Cecil. 
Now he's hiding, facing death threats & had to close his business but says he did nothing illegal & that it was his guides’ fault. 

CASTANHOLAS COMO ESTAS...

... APOSTO QUE VOCÊ NUNCA OUVIU!

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SOBRE EINSTEIN


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 Albert Einstein (1879-1955) - Prêmio Nobel de Física em 1921, gozava de uma rapidez mental própria de um humorista genial.

1. Um jornalista perguntou a Einstein:
- "O senhor poderia me explicar a Lei da Relatividade?"
E Einstein lhe respondeu:
- "O senhor pode me explicar como se frita um ovo?"
O jornalista o olhou intrigado e respondeu:
- "Claro que sim, posso."
Ao que Einstein replicou:
- "Bem, então o faça, mas imaginando que eu não saiba o que é um ovo, nem uma frigideira, nem o óleo, nem o fogo"..
2. Durante o nazismo, Einstein, por ser judeu, teve que suportar uma guerra contra si a fim de desprestigiar suas investigações.
Uma dessas tentativas se deu, quando reuniram as opiniões de 100 cientistas, que contradiziam as de Einstein, editadas num livro chamado "Cem autores contradizem Einstein".
A isto Einstein respondeu:
- "Por que cem?  Se eu estivesse errado, bastaria somente um.
3. Em uma conferência que Einstein fez num Colégio da França, o escritor francês Paul Valery lhe perguntou:
- "Professor Einstein, quando tem uma ideia original, o que faz? A anota num caderno ou em uma folha solta?"
Ao que Einstein respondeu:
- "Quando tenho uma ideia original, não a esqueço."
4. Einstein teve três nacionalidades: alemã, suíça e norte-americana.
Ao final de sua vida, um jornalista lhe perguntou que possíveis repercussões estas mudanças tiveram sobre sua fama.
Einstein respondeu:
- "Se minhas teorias tivessem se tornado falsas, os americanos diriam que eu era um físico suíço, os suíços que eu era um cientista alemão, e os alemães que eu era um astrônomo judeu".
5. Conta-se que em uma reunião social, Einstein encontrou com o ator Charles Chaplin. No transcurso da conversa, Einstein disse a Chaplin:
- "O que sempre admirei em si é que sua arte é universal, todo mundo o compreende e o admira".
Ao que Chaplin respondeu:
- "A sua é muito mais digna de respeito: todo mundo o admira e praticamente ninguém o compreende".
 6. E por último, uma das brincadeiras favoritas, que Einstein contava em reuniões com políticos e cientistas.
Conta-se que, nos anos vinte, quando Albert Einstein começava a ser conhecido por sua Teoria da Relatividade, era com frequência solicitado pelas Universidades a dar conferências. Como não gostava de dirigir, mas o automóvel era muito mais cômodo para seus deslocamentos, contratou os serviços de um motorista. Depois de vários dias de viagem, Einstein comentou com o motorista, como era aborrecido repetir a mesma coisa todas as vezes.
- "Se quiser - disse-lhe o motorista - posso substituí-lo por uma noite. Ouvi sua conferência tantas vezes que a posso recitar, palavra por palavra."
Einstein concordou e, antes de chegar ao lugar seguinte, trocaram suas roupas e Einstein tomou a direção.
Chegaram à sala onde se ia celebrar a conferência e, como nenhum dos acadêmicos presentes conhecia Einstein, não se descobriu a farsa.
O motorista expôs a conferência, que havia ouvido tantas vezes Einstein repetir.
Ao final, um professor na audiência lhe fez uma pergunta.
O motorista não tinha nem ideia de qual poderia ser a resposta, mas teve uma fagulha de inspiração e lhe respondeu:
- "A pergunta que o senhor me faz é tão simples, que deixarei que a pessoa que está ao fundo da sala a responda... que é o meu motorista".
 
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