sexta-feira, 1 de julho de 2016

BRASIL É PIOR...

... que a média da América Latina em formar e aproveitar profissionais


O país caiu cinco posições no ranking global de capital humano, calculado pelo Fórum Econômico Mundial


Como o Brasil oferece poucas oportunidades de formação e qualificação para seus cidadãos (Foto: Getty Images/iStockphoto)
O Brasil aproveita menos de dois terços da capacidade produtiva de sua população, segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial (Foto: Getty Images/iStockphoto)

O Brasil tem desempenho abaixo da média da América Latina no aproveitamento do potencial de trabalho de sua população, segundo uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial. O país caiu para a 83ª posição no ranking global de capital humano, divulgado nesta terça-feira (28). Caiu cinco posições em relação ao ano passado e 26 posições na comparação a 2013, ano em que o indicador foi criado. Os grandes países latino-americanos caíram em comparação aos de outras regiões do mundo, principalmente do Leste Europeu e do Sudeste Asiático.
O ranking integra o Relatório sobre Capital Humano (Human Capital Report), que mede como 130 economias educam, treinam e aproveitam a capacidade produtiva de seus cidadãos ao longo de toda a vida.
O relatório aponta que, apesar de o Brasil figurar como a principal economia da América Latina, seu desempenho no desenvolvimento do capital humano está entre os piores da região. O país fica atrás de Cuba, Chile, Panamá, Equador, Argentina, Paraguai, Barbados, Costa Rica, Colômbia e México. Segundo os pesquisadores do Fórum, o Brasil costumava apresentar um desempenho acima da média dos países latino-americanos. Contudo, ao longo dos últimos três anos, caiu para baixo da média regional. Chile e Argentina são duas economias relevantes que, de acordo com o relatório, possuem fraquezas e forças similares, em especial no desempenho educacional. Na lógica do estudo, ambos aproveitam mais de 70% do potencial produtivo de sua população. O Brasil fica em 64%. Os países no topo do ranking, Finlândia, Noruega e Suíça, aproveitam mais de 85%. O Japão, na quarta posição, tem grandes chances de avançar se conseguir reduzir as diferenças salariais entre homens e mulheres, de acordo com o estudo (leia abaixo alguns países no ranking).
O Índice de Capital Humano (ICH) tem como base quatro pilares: educação, saúde/bem-estar e emprego/força de trabalho, os fundamentais, além de “ambiente de oportunidade”, que considera pontos como o arcabouço legal e a infraestrutura disponível, que facilitam ou dificultam o uso da capacidade dos cidadãos. O melhor resultado do Brasil é o de educação de jovens de 15 a 24 anos, em que o país figura em 59º lugar no ranking, com um índice de aproveitamento de 69%.
Ranking – Índice de Capital Humano 2016 (Foto: ÉPOCA)


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